Aprendizado de Aninha
Ana, Aninha!
Pobre coitadinha!
Tentou se encaixar
Onde nunca caberia.
Saltou de seu galhinho,
De braços abertos ao vento,
Tentaram lhe avisar,
Mas quem disse que ouviria?
Tamanha foi a queda,
Caiu e se esborrachou,
Sem ter pra onde ir,
Pro início retornou.
Se viu sozinha e triste,
Seu pranto então chorou,
Mas foi de dentro dela,
Que forças ela encontrou.
Olhou pra cima e disse:
-Nunca mais eu vou errar!
Mas ela é humana,
Está sujeita a tropeçar.
Quem nunca se enganou,
Melhor nem se gabar,
Pois todo telhadinho
Está sujeito a desabar.