MAIS UMA ESTÓRIA VERDADEIRA DO JABES

I

Parece até uma mentira
Mas foi em primeiro de abril
Quando desempregado eu quase estava
E um trabalho me surgiu
Através de Pedro Edilson
Um amigo genial
Ele é nativo de Pedreiras [MA]
E eu de Bacabal [MA].

II 

Recebi um recado seu
Pois comigo queria falar
Eu fiquei mui curioso
Sem sequer imaginar
Do que poderia ser
O assunto a tratar.

III

Logo fui no seu escritório
com bastante intuição
Sei que era coisa séria
Mas sem passar pela imaginação
Me propôs para trabalhar
Com ele, Ana e o Dr. Serrão.

IV 

Tudo bem eu lhe falei
Aceito com imenso prazer
Só quero que me fale logo
O que é que eu vou fazer
Ele disse: vem mais tarde
Serrão é que vai dizer.

V

Fui falar com o Doutor
Mais sem muita acanhação
Pra ele eu já tinha feito
Recibo, Carta e Petição
Pois considero-me com certeza
Um datilógrafo de montão.

VI

Serrão deu-me as coordenadas
Por onde eu ia começar
Era tudo de datilografia
E mais o Diário pra apanhar
Como também ir em Bancos
Sacar ou mesmo pagar.

VII

Comecei a trabalhar
com bastante empolgação
O dia todo no escritório
Até mesmo fiz serão
Trabalhos com sinceridade
Pois gostei da união.

VIII

A Ana como secretária
Foi uma boa opção
Apresentada pelo "Campininha"
Isto ai..., sei não
É uma mulata engraçada
Só falta um pouco de aptidão.

IX

Pedro Bezerra como estagiário
na Trabalhista dar pra passar
Pois redige petições
As vezes até de admirar
Mais só falta uma coisa
É um caderno de caligrafia comprar.

X

Dr. Serrão eu já conhecia
desde lá de Bacabal [MA]
Quando ainda não formado
Ele é um cara legal
A quem eu admiro muito
Pelo seu respaldo moral.

XI

Gostando eu estava do trabalho
Quando minha mana ligou
Pois queria falar comigo
Na certa se preocupou
Na cidade de Bacabal [MA]
Quando o carnaval ali passou.

XII

Ela mora em Terezina [PI]
No Paraíba está a trabalhar
Dedicada até a alma
Pois é de admirar
Mas ela sabe que também sou
Endiabrado em datilografar.

XIII

Perguntou se eu topava
Em Terezina [PI] trabalhar
Na empresa Claudino & Cia
Pois ela está por lá
Pois precisa de um "eu"
Para lá ir computar.

XIV

Eu falei que tudo bem
Até posso aceitar
Se é convite de familia
Acho bom aproveitar
Mas aguarda o fim do mês
Que vou me preparar.

XV

Com vergonha fiquei do Serrão
Quando para Pedro ele falou
"Mentira tem perna curta"
Jabes pensa que me dobrou
Eu já sei onde ele estava
Naquele dia que faltou.

XVI

Tudo bem eu admito
Reclamação ele não fez
Mas só comigo eu pensava
Essa vai ser a última vez
Acredite, pois é verdade
O que aqui digo pra vocês.

XVII

Sei que deu pra entender
Esta minha dedicatória
Porém, não deu tempo de formar
O Grupo "Carta Precatória"
Acredito que ia ficar
Marcado na história.

XVIII

Agradeço a vocês todos
Com saudade vou ficar
Como o Piauí é bem perto
Eu não vou me desligar
Pois um mês e outro não
Aqui eu venho passar.

XVIX

Rancor sei que não há
Digo isto com prazer
Se houver vocês desculpem-me
Tenho mais que agradecer
Foi um tempinho que marcou
Pelo nosso conviver.

XX

Amigos aqui findo
Subscrevo-me com emoção
Deus há de iluminar
A vocês de coração
O que tenho a desejar
É sucesso, paz e união.

XXI

Gente fina é outra coisa
Bela assim como uma rosa
Quem diz isto desta vez
É o amigo de vocês,
Jabes Dias Feitosa.

São Luis [MA], 29 de maio de 1992.


"A falta de um amigo, faz com que a vida pareça com uma árvore...triste e só" [Jabes].


NOTA: no fechar das cortinas, um mes depois Jabes acabou se mudando para Terezina [PI], retornando após alguns meses para São Luis [MA] foi imediatamente reintegrado ao escritório até que o destino determinasse o caminho de cada um. Jabes e Vitorino "Campininha" foram morar no andar de cima com Deus.
Pedro casou e foi advogar no interior do Maranhão. Serrão, por sua vez tambem contraiu núpcias e foi cuidar da sua profissão.

NOTA JABES I - O relato contidos no texto subscrito por Jabes é da mais pura verossimilhança. Noutra parte, além do mesmo ter sido um fenômeno nas teclas da datilografia, foi um músico de mão cheia [violão, cavaquinho e bandolin], e poeta.

NOTA VITORINO I - O Vitorino o maior de todos na Cobrança Administrativa do Escritório, pois infeliz daquele que caísse nas garras da cobrança do mesmo, simplesmente não tinha sossego. Vitorino foi um grande amigo, prestativo e um "bom" pescador nas horas vagas.

NOTA ANA I - Com a Ana perdi o contato, contudo notícias são de que a mesma constituie família.

FOTO ILUSTRAÇÃO: MARIANA SAPHYRA.   

serraomanoel
Enviado por serraomanoel em 08/01/2008
Reeditado em 08/01/2008
Código do texto: T807866
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