E AGORA LU LA LA?

E AGORA LU LALA?

I

Criticar por criticar

De forma irresponsável

Ou ser um oportunista

Não é um ato saudável

Mas tendo um problema à vista

Se calar não é viável

II

Bem sei não sou miserável

Minha alma é muito rica

Elogia as coisas certas

Mas as erradas critica

Para servir como alerta

Se afrouxar pior fica

III

Sou como o profeta Mica

Que busca sempre a verdade

Contrario até o rei

Pra manter a integridade

Por que mentir eu não sei

Prefiro a sinceridade

IV

Na nossa realidade

Procurarei me deter

De forma bem pragmática

Eu vou tentar escrever

Numa maneira didática

Pra todos compreender

V

Vou fazer o cego ver

O oculto e o escondido

Quem matou uma esperança

E fez um belo vestido

Pra ganhar a confiança

De um povo desvalido

VI

Foi um tremendo bandido

Perverso sem coração

De ovelha Travestido

Pra ganhar uma eleição

Manipulando um partido

Fez aliança com o cão

VII

Talvez por pura ambição

Fez como o juiz Lalau

O outro Maquiavel

No jazigo passou mal

Com o funesto papel

Desse lobo canibal

VIII

Traiu todo um ideal

Do movimento petista

Fez dele um risque-rabisque

Em sua alma egoísta

Encarnou Fernando Henrique

"Feito" um socialista

IX

Pousando de comunista

Beijou a mão de Fidel

Pediu ajuda pro papa

Aquém jurou ser fiel

Mas depois caiu a capa

Foi Tudo pro béléléu

X

Êita que cabra cruel

Esse tal Luiz Inácio

Se eleger presidente

Dessa vez foi muito fácil

Enganou a tanta gente

para chegar ao palácio

XI

Bem que dizia Nicácio

Vendedor de rolamento

Besta é quem compra cavalo

Ou bota cela em jumento

Mulher que canta de galo

Desfaz qualquer casamento

XII

Também dizia Zé Bento

Que em zebra não se monta

Em linguagem popular

Conversa não paga conta

Quando o bicho vai chifrar

De pequeno mostra a ponta

XIII

Tá feito barata tonta

Que bebeu num piquenique

Luiz só quer viajar

Como seu sósia Henrique

Deixando aqui Alencar

Para fazer os trambiques

XIV

Mineiro velho cacique

Herdeiro da ditadura

Defensor de coronéis

Empresário linha dura

Que trata o povo com os “péis”

Com chicote e ferradura

XV

Se ajuntaram essas figuras

Como a corda e a caçamba

“Lu la la e Além car

Como quem fumou liamba

Fez todo mundo Dançar

Do crioulo doido o samba

XVI

Nesse ritmo do lá bamba

Já se passou quase um ano

Nada vemos de concreto

No fundo não tem um pano

Para cobrir um sem teto

Que vive como um cigano

XVII

Vejo fluir pelo “cano”

A propalada esperança

Dum governo popular

Falou mais alto a “ganança”

E a fome de governar

Com quem se fez aliança.

XVIII

Quem espera sempre alcança

Eu creio e vou esperar

Digo e não peço segredo

Já posso até vislumbrar

Não haverá ódio ou medo

Quando esse dia chegar

XIX

O povo vai triunfar

E conquistar o respeito

Direito e cidadania

Daquele que foi eleito

Com trabalho e moradia

Segurança e paz no leito

XX

Eu quero estufar meu peito

E ao Lula perguntar

Cadê os dez MI emprego?

E as casas popular?

Te transformaste em pelego?

Ou capacho de Alencar?

XXI

Devias te envergonhar

Dos discursos tagarela

Digo e repito sem mêdo

Feito um ator de novela

Dizendo que ainda é cedo

Para as questões ora em tela

XXII

Violência nas favelas

Meninos soltos na rua

Drogas, armas, contrabando

No governo continua

Um recebendo outro dando

A verdade é nua e crua

XXIII

Saia do mundo da lua

Bote no cavalo a cela

Vá quebrando o protocolo

Não brinque de mela-mela

Pra não virar outro “colo”

Que nos deixou na banguela

XXIV

Não venha com churumela

Quem escorrega é quiabo

Essa estória de herança

Mal contada cresce o rabo

Vamos deixar de lambança

Tartaruga não é “cago” (se vire)

XXV

Foi transferido pro diabo

Todo poder que não pode

Do homem basta a palavra

Ou um fio do bigode

Aqui “nóis” temos de lavra

Como em criação de bode

XXVI

Siga esse exemplo, acorde!

Mostre que és nordestino

Como Euclides, sois forte

Tal e qual ao Gesuíno

Estais co medo da morte?

Ou fugirás do destino?

XXVII

Eu sei que fostes menino

Nas quebradas do sertão

Comeste palma e sodoro?

Te lembras do teu irmão!

No nome dele eu te imploro

Estenda pra “nóis” a mão

XXVIII

Desça já desse avião

Antes que alguém te puxe

Quem governa hoje aqui

É o gringo Jorge Buche?

Ou o F . M . I

Representante de truste?

XXIX

Responda vá “desinbuche”

Onde está a moratória?

Caiu a taxa dos juros?

É história ou estória?

O Brasil está seguro?

Onde está nossa vitória?

XXX

Tô com tudo na memoria

Eu também te botei lá

Pois apostei nessa luta

E, agora? Lu La Lá?

Será que você me escuta?

E agora? Lu La Lá?

XXXI

O povo quer trabalhar

Já chega de lero-lero

Engodos paliativos

Como esse tal Fome Zero

Cansamos de ser cativos

Liberdade agora eu quero!

XXXII

Pois, Logo, logo eu espero

Ver esse quadro mudado

Com esse grito de alerta

De quem tá desempregado

Eu fecho a cancela aberta.

Te lembres? Não somos gado!. Fim.

Zé Lucena.

José Lucena de Mossoró
Enviado por José Lucena de Mossoró em 18/03/2008
Reeditado em 24/08/2012
Código do texto: T906716
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