POETAS, "DATA VENIA".
POETAS, “DATA VENIA”.
I
Nobres poetas permita
Que hoje eu me apresente
O meu nome é Zé Lucena
Não sou Major nem tenente
Ter titulo não vale a pena
Sem ter caráter decente
II
Sou como estrela cadente
Que passa feito um cometa
Deixa a mensagem no brilho
Que não se ver com luneta
Escrevo nos estribilhos
Sem precisar de caneta
III
Sem ter medo de careta
De “bêbo” num botequim
Já passei pela escola
Do bom ourives Crispim
Sem fazer resumo ou cola
Fui aprovado no fim
IV
Mesmo procedendo assim
Não posso me orgulhar
Porque sou bem consciente
Reconheço o meu lugar
De soldado sem patente
Que não sabe nem marchar
V
Vou correr bem devagar
Me mantendo nos 80
Que é regulamentar
Hoje eu estou com 40
Se o meu Jesus não voltar
Talvez eu chegue aos 90
VI
Viver mais ninguém agüenta
Êita que mundo ruim
Que nos restou como herança
Do que veio antes de mim
Mas eu tenho a esperança
Tudo dar certo no fim.
VII
Como dizia Joaquim
Burilando na oficina
Noventa é transpiração
Muito esforço e disciplina
Os dez é inspiração
Que recebemos de cima
VIII
Minha alma se inclina
Para Deus, obediência
Sendo Ele o arquiteto
E pai de toda ciência
No torto Ele escreve certo
Em perfeita congruência
IX
Com a sua anuência
Vou cumprir minha missão
Não busco aqui os festejos
Do Toinho, Pedro ou João
Só escrever, eu almejo
Um folhetim de cordão
X
Aproveito a ocasião
Para me justificar
Evitando os comentários
Que faça alguém pecar
A boca é santo sacrário
Mas pode contaminar
XI
Com isso me fiz lembrar
Do profeta palestino
Do quanto foi censurado
Cumprindo aqui seu destino
Ensinando aos segregados
De Deus o amor divino
XII
Tendo me dado esse tino
Me fazendo embaixador
Da verdade que liberta
Um infeliz pecador
Lhe mostrando a porta certa
Pra o reino do seu amor
XIII
Onde a fala é o louvor
Entoado a capela
Harmonia é o tempero
Duma canção muito bela
Sente o poeta o cheiro
De jasmim, cravo e canela
XIV
Mas pensa numa donzela
Em sua imaginação
Sonha dormindo com ela
Beijando na sua mão
Mas acorda na caverna
Do mundo da ilusão
XV
Agora prestem atenção
Que eu vou dar meu recado
Também nessa ocasião
O Reino Dele é chegado
Vou falar de salvação
Pra isso eu fui enviado
XVI
Todo Homem é convidado
Pra gozar da salvação
Por Jesus, vos sois amado
E hoje Ele estende a mão
Convidando-os de bom grado
Para morar em Sião
XVII
Lá teremos comunhão
Não haverá mais peleja
Vamos entoar canções
Haverá só uma igreja
No reinado de Sião
Aonde o salvo festeja
XVIII
Tem tudo assim de bandeja
No banquete preparado
Por meu Rei que é generoso
Serás bem galardoado
Com um manjar bem gostoso
Que pra vocês foi guardado
XIX
Sois bem vindo meus amados
Verás logo essa inscrição:
"Receba agora a herança
Desfrute da salvação
Garantida na aliança
Pelo o sangue na paixão"
XX
Por ti dei meu coração
Para lhes pagar o preço
Crucificado Jesus
nos mostrou o endereço
Que conduz ao paraizo
Num caminho sem tropeço
XXI
Disse Ele, eu não esqueço
Pois muito breve Eu espero
De um por um abraçar
Com meu abraço sincero
E como s filhos os beijar
É tudo que Eu mais quero!!!
XXII
Poetas eu sou sincero
Preciso agora encerrar
Já cumpri minha missão
Mas preciso perguntar
Quem deu credito a preleção
Querendo o Cristo aceitar?
XXIII
Basta uma mão levantar
Em sinal de aceitação
Terás assim garantido
A passagem pra Sião
A cidade dos remidos
Que os salvos herdarão.
XXIV
Foi uma satisfação
Passar nessa oficina
Aprendi polir meus versos
Tirar o ouro da mina
Quase não vinha confesso
Vim por pura disciplina.
XXV
Pois o verso é a menina
Dos olhos da minha alma
Alimenta o meu espírito
Produz no meu ser a calma
Nela em silêncio eu grito
Algemado bato palma
XXVI
Me ressento com o trauma
Sofrido na natureza
Que o homem vai destruir
Disto eu tenho a certeza
Eu não vou está mais aqui
Perdendo ela a beleza
XXVII
Vejo isso com clareza
Fico todo arrepiado
O planeta aquecendo
Tudo aqui sendo queimado
O que é vivo morrendo
Tudo sendo devastado
XXVIII
É o preço do pecado
Do homem a rebelião
Que receberá a morte
Como uma premiação
Mas hoje pra sua sorte
Chegou de graça na mão
XXIX
A tábua da salvação
Passaporte carimbado
Para você escapar
Acompanhe esse soldado
Que veio te convidar
Para morar num reinado
XXX
Hoje como advogado
Que defende o pecador
Estou aqui do teu lado
Combatendo o promotor
Amanhã nenhum juiz
Ficará em seu favor
XXXI
Porque você rejeitou
O apelo que lhe fiz
O acordo que propus
Para lhes fazer feliz
Quando falei de Jesus
Você zombou e não quis.
XXXII
Diante do trono branco
Que vai julgar teu processo
Não terás mais regalias
Sendo tu um réu confesso
Nem assinaste o mandato
Sem Jesus não há sucesso.
XXXIII
Não haverá o reverso
De uma lei mais benigna
Nem apelo, nem suborno
Nem atuação maligna
Com Jesus não tem contorno
Sua atuação e digna.
XXXIV
Deixe essa vida indigna
A salvação hoje é dada
Pela força de um indulto
Em Jesus repristinada
Por Deus o absoluto
Pela graça revelada
XXXV
Ela é a única entrada
Do caminho para a Vida
"Conditio sine qua non"
Do homem encontrar guarida
Em verdade este é o dom
Que levamos na partida
XXXVI
É bom que você decida
A aceitar a Verdade
O favor da sua Lei
Principio da alteridade
Para viver com o Rei
Por toda eternidade. Fim.