ÁRVORE DE NATAL
 
Por andar, correndo e tão apressado, e nem sequer parar por um instante, esqueci de fazer algo muito importante. Mas também lembrei que mesmo apressado sentia fome. E por sentir fome, de repente parei num banco de praça.

Encontrava-se realmente linda, toda ornada com aquelas luzinhas de todas as cores. E também com uma Árvore de Natal imensa, talvez a maior que já vi. Por suposto alguém muito importante tivera aquela brilhante idéia de querer mostrar como poderia ficar aquela praça.

Quando de mim um menino de rua se aproximou, chamando-me de tio. Tagarelando sem parar e a cada instante começou algo querer me mostrar. Falou dos seus sonhos, e que esperava naquela noite ganhar de Papai Noel, um bom presente.

Mas que apesar de tantos percalços, estar passando na vida. Teria que todos os dias vir à praça pedir algo para comer e o que mais queria era poder ganhar um prato de comida para matar a sua fome, e depois ir à escola, aprender ler e escrever.  

Compadecido, daquele menino, senti que os meus olhos marejavam e que algo por ele poderia fazer, mas o que?... Tornei a olhar para aquela praça e por algum tempo pude perceber, que aquele que tanto gastara poderia antes de tudo um bom natal vir fazer acontecer.

Saímos lado a lado conversando como dois meninos, e logos após ter nos fartado de um X – Tudo; fomos cada um para o seu lado.