“O Grande Presente”
Jesus nasce, não pelo mérito dos homens, mas como uma dádiva de Deus. Um presente. E o maior presente da História em todos os tempos. Presente vindo do mais rico doador e endereçado aos mais pobres e necessitados receptadores. Jesus nos veio libertar de todos os males que nos afetam, a saber, o pecado. Incluindo a isso a libertação da maior conseqüência do pecado, que é a morte, uma vez que Jesus Cristo nos trouxe a ressurreição.
Jesus nasce como um presente dado a todos. Sem exceção, a todos. Por isso a noite do Natal lembra o maior presente que a humanidade inteira recebeu. A noite do Natal é por essência a noite do grande presente.
            É o Natal de Jesus. Não um Jesus que nem mesmo sabemos quem é. Mas um Jesus que é a figura mais conhecida de toda a História humana. Ninguém é mais conhecido do que Ele. Quantos lhe invejam a popularidade universal, que nunca será superada. Aceito por uns. Rejeitado por outros. Mas conhecido por todos.
            Depois que Ele veio, o mundo mudou. Não que os problemas tenham cessado, pois eles continuam e crescem. Mas todo o humano tem um referencial de segurança absoluta para onde olhar e em que se firmar. Para esta vida e para a futura. O mundo é outro, pois há uma luz sempre acesa. Há alguém com quem posso falar a cada instante, mesmo quando estou absolutamente só e me sinto abandonado pelos outros. Não procuro verdades nem caminhos, pois já os encontrei. Encontrei  neste “menino que nos nasceu”, segundo a profecia de Isaías.
            Celebremos o Natal. Estão para se abrir as portas de 2012. Na passagem, haverá outro reboliço de abraços e votos. Todos desejando um ano melhor, em que os sonhos se realizem. E colocamos na responsabilidade de Deus a eventualidade de isso acontecer... Como Ele é o Senhor de todas as coisas, entendemos que a Ele compete a dádiva de um ano melhor. Sequer desconfiamos de que é exatamente isso que Ele está pedindo a cada um de nós, a todos nós: um ano melhor, uma vida melhor...
            Deus é o Senhor de todas as coisas. De uma apenas Ele não é Senhor: da nossa liberdade e das nossas escolhas. Ele nos dotou com esse privilégio.
            Não é Ele quem promove as guerras. Não é Ele quem produz a fome. Não é Ele quem faz a corrupção. Não é Ele quem vota em incompetentes e desonestos. Não é Ele quem expulsa a amizade de dentro dos lares. Não é Ele quem provoca a separação dos casais. Não é Ele quem abandona os filhos e os deixa à mercê do mercado. Não é Ele quem trafica a droga. Não é Ele quem assalta as casas e mata por prazer ou diversão. Não é Ele quem pega em armas para conseguir reformas “democráticas” pela violência... Não é Ele...  Ah! essa lista não tem fim.
            Essas coisas todas, somos nós que as fazemos. Talvez não você. Talvez não eu. Mas certamente é o ser humano quem as faz. E basta isso para que todos arquem com as conseqüências. Não obstante, continuamos a nos desejar um ano melhor.
            Mas qual é o papel de Deus, nisso tudo?
            Um dia Ele proclamou Dez Mandamentos. Só dez. Mas a maioria dos humanos nem sabe quais são eles.
            Durante longo tempo, Ele avisou que mandaria seu Filho para nos ajudar. E chegou o dia em que esse Filho veio realmente, para nos ajudar em todas as coisas boas que queremos. Mas os humanos preferem outra ajuda, principalmente a do dinheiro.
            Quando em certos momentos de sua vida, lhe parecer que Deus se pôs a dormir e deixou de prestar atenção nos nossos problemas, pare um pouco e pense com seriedade: Não é você? Não somos nós que estamos dormindo em sono profundo, desligados das propostas que Deus faz para nos ajudar? Como ajudar a quem não quer?
                                                                       Feliz Natal!