MARCAS NA ESTRADA...

Não restam dúvidas de que Minas Gerais sempre ocupou e ainda ocupa, no cenário nacional, uma posição muito confortável quando se refere a riquezas naturais.

Nos dias atuais é imensa a riqueza que sai dessas terras, dessas montanhas, enfim desse Estado tão bem representado por ícones tão memoráveis em hossa História. Prova disso, são as grandes, hiper, mega empresas multinacionais mineradoras que sempre estão muito preocupadas com o nosso Estado. Preocupadas em render muitos empregos e com qualidade, preocupadas enormemente com o social, como também com o equilíbrio do meio-ambiente. Calma! Estamos no Brasil.

E justamente por estarmos no Brasil que temos de honrar e lutar por melhores condições, não impingindo a esse ou aquele grupo empresarial de explorador. Não é outro o objetivo das empresas, sejam quais forem, o sagrado lucro.

Ora, o altruísmo não foi nem será uma das qualidades dos empresários, muito embora tenhamos exceções. O que é imprescindível é que conheçamos até que ponto uma empresa está afetando nosso meio-ambiente, nosso cotidiano, enfim, prejudicando o transcorrer da vida humana digna. Isso é o ideal, ainda que na realidade não ocorra bem exatamente assim. Mas tem que haver um começo, ou melhor, uma transposição de idéias, de deixar o nosso lado pessimista trancado com sete chaves e, com isso, soltar as várias possibilidades do possível. Isso talvez seja pensar no amanhã.

E por pensar no amanhã, penso hoje o que vi ontem ao retornar de uma viagem, próximo à cidade de Divinópolis, em nossa querida Minas Gerais, numa curva cheia de pó de minério sobre o asfalto que vai caindo, certamente, dos caminhões que transportam cargas acima do permitido. E para completar não há uma eficácia na fiscalização, daí os empresários debandam e prejudicam a outrem. Pois bem, nessa curva cheia de pó de minério, um casal que estava numa motocicleta, não conseguiu o equilíbrio necessário para fazer a curva, derrapando e indo ao encontro da certeza que todos nós temos.

Quando passei no local, apenas havia a marca forte de uma frenagem em meio aquele pó todo que ali fazia sujeira. Parei para verificar o que poderia fazer para ajudar, mas a ajuda que me cobraram aquelas cenas era de pedir a Deus por aqueles jovens.

Então mais que urgente torna-se viável que todos nós que, graças ao bom Pai, fazemos parte de uma Nação que se diz Democrática de Direito, buscar realmente a efetivação desse direito. Direito de ter grandes empresas que dão empregos dignos, mas que também preocupam com o meio-ambiente. Direito de poder andar em estradas de qualidade e que sejam fiscalizadas pelos órgãos competentes, enfim, direito a viver com maior segurança.

Não é sonhar demais acreditar que o Brasil possa ser sim uma grande Nação. É simplesmente acreditar que no sorriso estampado em milhares de rostos de crianças, estão, inexoravelmente, as possibilidades de lutarmos por um futuro melhor.

E como disse um Ilustre represante dos mineiros no Cenário brasileiro, muito embora tenha morrido numa forca, vale relembrar Tiradentes: "Se todos nós quiséssemos, poderíamos fazer do Brasil uma grande Nação!"

O sonho do casal que se foi naquela curva não morreu. Pode sim, transformar o sonho em realidade de muitas pessoas, que assim como Tiradentes, acredita no potencial do povo brasileiro que quer e sonha em com uma grande Nação.

Clovis RF
Enviado por Clovis RF em 26/05/2008
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