Produto social.

Capaz das coisas mais belas, usas as mais terríveis para tê-la ao teu lado. Morde, arranha, sufoca e mata de uma vez sua virilidade.

Aquele belo brilho do sol em seus cabelos, os olhos vivos e cintilantes, os lábios, o corpo, tudo na maior podridão.

A escuridão tomou conta não só de suas mãos, e de seus cabelos. Seus olhos que outrora encantavam os jovens e os velhos, as mulheres e as crianças, hoje, gela o coração de qualquer ser, com sua frieza e sofrimento.

Óperas faz de suas tragédias, mas não permite que ninguém chege a conhece-lo, a não ser ela, aquela bela doncela, passada jovem encantadora.

O que tanto temes? Esse homem, que a todos parece tão viril e destemido, extrovertido e empático. Pode será guardar um segredo?

Sim e o pior deles, ele esconde de todos e tenta enganar a si mesmo de que é corajoso e assim decreta sua própria pena de morte.

E ela doce criatura, que amargou nas mãos de seu carrasco, só ela jovenzinha com um rosto tão encantadoramente envelhecido, só tu consegue enxergar como és fraco por dentro, e como usas os punhos cerrados para conseguir respeito.

Então tira-a do convivio social, para que a sociedade não saiba o monstro que acaba de criar.