Há luz...Eu sei!

A impressão que, às vezes, eu tenho ao ler jornais, revistas e assistindo televisão é que o único problema do povo brasileiro se restringe à violência e suas implicações, mas a verdade pode não estar muito longe disso.

Violência, aqui, é a ausência ou quase ausência de uma boa educação. Não estamos questionando a escola pública, mas todos os aspectos envolvidos. Violência é a ausência ou quase ausência de um sistema de saúde que funcione, idem à educação. Violência é a falta de emprego. Violência é a destruição, por parte dos poderes dominantes, de valores e sonhos do povo, que dá sustentação a quem os constituem. Violência é o povo se achar idiota diante da imposição de valores, por parte de quem tem os meios para impor, tais como “levar vantagem em tudo”, “roubar para comer”, “mata porque foi injustiçado pela sociedade” e muitas outras coisas absurdas até há alguns anos atrás.

Eu que não sou tão avançado em anos assim, ainda me lembro de coisas como honra, respeito ao próximo, principalmente aos mais idosos, não roubar nada de ninguém, não aceitar subornos em hipótese alguma, etc, a que motivo fosse.

Não será difícil concluir que há um longo caminho pela frente, se quisermos ter uma sociedade justa e sem tanta violência. Estruturalmente esta é o vírus que está danificando toda a operacionalidade da sociedade e gerando arquivos com conteúdos duvidosos e com resultados que não teriam como ser melhores que o visto por aí.

Discutimos, mais um pouco, sobre assuntos corriqueiros no nosso cotidiano, reforçando a principal idéia defendida pelo meu amigo Zé, que sempre tem razão e parece um cara chato, que é a falta de um ponto de convergência para os seres humanos.

Alguns pontos precisariam ser bem mais claros como anseios coletivos. De outro modo, não há como pensarmos em nada sem as divagações e os conceitos sociológicos, psicológicos, pedagógicos, antropológicos e outros “lógicos”, até os conceitos demagógicos, que não convergem a nada, muito pelo contrário divergem e esbarram sempre na falta de resultados concretos. Claro, há também fatos animadores suficientes para acharmos que, apesar de não vermos a luz no final do túnel, a luz está lá e cabe a nós lutarmos para torná-la visível e trazê-la mais próximo, e é possível.

Temos que ter bem claras questões como: O que estamos fazendo aqui? O que queremos para nós e nossos filhos? O que é importante para nós, de fato? Note-se que usamos o pronome nós, pois uma vez acordados sobre as questões coletivas, estaríamos mais à vontade para aspirarmos questões pessoais, e logicamente estas estariam contidas e enquadradas naquelas.

Em todas as questões discutidas no cenário nacional da atualidade há que ter sempre em mente que há mitos, modismos e muita hipocrisia!