A busca pelo amor

É olhando fotos alheias que percebo a minha infelicidade, são tantos sorrisos perdidos e acompanhados por outros sorrisos que tenho vontade de chorar.

Não estou dizendo que a minha vida é uma droga pelo contrário ela é ótima ( talvez diga isso porque sou otimista) mas este não é o ponto principal dessa história.

Acho engraçada essa insatisfação que tenho é como se tivesse o mundo e mesmo assim faltasse algo ou quem sabe alguém, acho que nem eu sei ao certo, mas tenho um vazio repleto de esperanças como se amanha fosse conhecer o grande amor da minha vida. Muitas vezes me questiono sobre a existência dele, creio que não seja a única pessoa na terra que faça isso, pelo menos nisso sou normal, porém vivo em uma constante busca sem sucesso, sonho de mais, viajo de mais, possuo grandes asas às vezes até maiores que eu mesma.

Sou parte realidade, mas a maior parte de mim é fantasia, preciso dela para ser realista e continuar vivendo neste mundo de dualidades.

E nessa minha “Terra da Fantasia” não possuo limites, é onde o meu impossível se torna real é onde a vida se torna melhor, mau de escritor talvez, como também o fato de conversar com o papel ( e eu converso bastante) e já passei boa parte da minha vida “falando” com este meu terapeuta do amor.No final de nossas conversas nem sempre encontrava as respostas que procurava,mas na maioria das vezes deixava ali gravadas reflexões que mais tarde me responderiam com minha alma ali imprensa as sensações que tive na vida e assim fui construindo um diário amoroso todo em verso sobre essa minha busca pelo amor.

Ao encontrar um novo amor a paixão logo aparecia e eu acreditava ter encontrado o meu grande amor, mas quem nunca pensou isso pelo menos uma vez na vida? E depois acabou por descobrir que tudo não passava de ilusão e existem inúmeras maneiras de descobrir isso, por conformismo: ele termina o relacionamento e você acaba se conformando que não era pra ser mesmo, que as coisas não eram tão perfeitas assim como você achava. Também se descobre isso pelo fim do idealismo: Você começa a enxergar os defeitos dele, aqueles que ele não tinha, mas que apareceram como mágica conforme a convivência e então você acaba por descobrir que se apaixonou não por ele, mas sim pelo cara que você queria que ele fosse. Mas a pior maneira de se descobrir isso é pela indiferença: a indiferença é o contrário do amor, ele não pensa em você, desconhece a sua existência, mesmo você o amando perdidamente ele continua vivendo sua própria vida sem que você faça parte dela, o difícil é aceitar isso quando você sabe que ele não procura algo tão diferente do que você, também procura um amor que some em sua vida, que lhe provoque sorrisos ao amanhecer, que lhe traga no pensamento momentos bons de recordar e então você acaba por preferir que ele lhe odiasse, pois pelo menos assim ao ver você passar lhe notaria e pensaria como lhe odeia ao invés de nem notar, porque quando a gente odeia alguém notasse a sua presença, mas quando existe a indiferença ela passa despercebida.

Sim, é triste preferir que alguém lhe odeie, preferível seria que lhe amasse assim como você o ama, mas já que não é possível, se torna preferível fazer parte de seus pensamentos nem que seja no ódio, pois a indiferença é a pior dor de amor que se pode sentir, você não consegue se conformar com um final sem que tenha existido um começo.

Borboleta da noite
Enviado por Borboleta da noite em 03/06/2008
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