Conversando sobre sexo

Hoje resolvi falar sobre sexo, porque o assunto ainda é tabú, as pessoas se preservam, evitando falar sobre o assunto.

Por que não falar, se todos fazem, se todos gostam.

Gosto de sexo desde que me descobri um ser sexual. Gosto do ato, gosto de descrevê-lo, gosto de vê-lo. Gosto dele, enfim.

Não sou a única, nem uma das poucas. Mulher gosta tanto de sexo quanto homem. E gosta de falar sobre como qualquer homem. O que nos difere é a cultura. Esta cultura de falso moralismo sob a qual a maioria de nós foi criada.

Dia destes, li algo numa pesquisa feita, ficou constatado que a mulher brasileira é extremamente conservadora em relação ao sexo. Se fosse no Japão eu acreditaria, pois por aqui sexo é obrigacão. A maioria das mulheres fazem sexo apenas uma vez por mês. É comum o casal dormir em camas separadas. As mulheres com mais de quarenta anos tornam-se celibatas. Voltando ao Brasil, isso foi tão surpreendente pra mim ...Tudo bem, o Brasil está longe de ser uma Suécia, mas dizer que a mulher brasileira prefere o papai-mamãe me parece coisa do outro mundo.

Como acreditar que num país tropical, onde a exposição do corpo é tão ou maior que em tantos outros países, onde a mulher exercita o erotismo até mesmo quando caminha, possamos ainda estar vivendo o sexo como um ato reprodutivo tão-somente?

Nascemos com um potencial para o prazer, que pode ser inibo ou estimulado pela sociedade, pela família e pela religião.

O prazer sexual é para ambos os sexos, do ponto de vista biológico, porém socialmente é cobrado da mulher uma postura celibata, sob pena de ser considerada libertina ou impura para o papel de esposa, sentindo-se manobrada para uma postura recatada e até mesmo fria diante do sexo. A atitude sexual contida, gera dificuldades de expressão dos sentimentos, infelicidade e até mesmo a infidelidade.

Infelizmente a grande maioria deixa-se influenciar pela religião, e

enquanto pensarem que tudo é pecado, privam-se do prazer.

Ainda bem que hoje tudo acaba no divã, existem terapias maravilhosas, inserindo as pessoas no mundo sexual. Elas passam a ter uma sexualidade mais prazerosa e feliz

Seja como for, repito: adoro sexo! Não me prendo a conceitos ou preconceitos. Gosto de ousar, de explorar meus limites. Detesto falsos moralismos e o machismo inserido no discurso feminista que nega a sedução e a realização da mulher também através do sexo.

Então, nada mais me resta dizer, senão repetir a frase da Ministra:

“Relaxe e Goze“.