A "neura" de Pedro Paulo e a teoria do pediátra - Não deixe de ler!

Dias atrás, fui convidado para dar consultoria em uma empresa no Rio de Janeiro, na área de “marketing”. Marquei a data, e ontem dia 24/01/2006 estive lá. Ao chegar, foi me apresentado pelo presidente da empresa, o diretor daquele setor. No inicio da reunião, pedi a ele que fizesse uma breve introdução, falando das questões relevantes e das dificuldades do seu departamento. Rafael – o diretor de “marketing” – de nariz em pé, tirou o paletó, dobrou os punhos da camisa, pegou um pincel atômico e escreveu na lousa. – “Às vezes o mundo e a globalização, nos empurra para uma situação (conflituante)”. – De imediato o interroguei: não seria (conflitante) Rafael? – Não, Sr. Vincent! – Respondeu ele com convicção! “Conflituante” aliás, o certo seria “confli-tuante”. Vendo a minha cara de espanto, continuou: – “confli-tuante” é a junção de duas palavras. (Conflito atuante). Quando juntamos duas palavras temos que usar o “hínfem” aprendi isso na faculdade. Na realidade isso é um “nelo-gismo”. Palavra inventada que não tem no dicionário. Depois de uma crise de risos, dois copos de água gelada, uns beliscões nas coxas, nádegas, uns tapas no rosto, para me certificar de que não estava tendo um pesadelo, respondi: não tinha no dicionário até hoje, pelo meu desconhecimento! Mas, com certeza terá! Você acaba de ser convidado para uma festa que darei em minha casa em companhia dos meus queridos ácaros, para o lançamento de um novo dicionário que aproveitando a sua aula de hoje, defini o nome, e com certeza será hifenizado, tendo como título “Aca-ralho”. Pedi licença à todos, me dirigi ao presidente e disse a ele que o setor em questão, precisaria urgente de um professor de português e não de “marketing.” Me despedi, saí tendo crises de risos, lá fora entrei no primeiro botequim da esquina e pedi uma Coca-Cola. Pra variar, o dono do boteco era um português. Vendo minhas crises de risos perguntou: – estás a rir de que? – De uma piada que me contaram, respondi! – Não vai me dizer que era piada de português? – De português não, (do) português dele, respondi! Ele não entendeu nada e para não dar um nó na cabeça do portuga, paguei a “coca” e sumi.

Porém, situação “conflituante” mesmo, é a que ficou um amigo meu, Pedro Paulo.

Na terceira semana de um relacionamento novo que começara com uma linda jovem de 32 anos, empresária, loira, olhos azuis, uma anca de dar inveja a qualquer “jockey”, Pedro Paulo resolveu perguntá-la, quantos homens ela já teve em sua vida. Regina – a namorada dele – sem cerimonia, respondeu que já tinha se relacionado com cinqüenta homens. Depois de ouvir essa resposta, Pedro Paulo entrou em crise existencial. Disse-me que se sentiu traído pelo passado de Regina e que jamais ficaria com uma mulher que tivesse transado com alguém antes dele.

Segundo alguns especialistas no assunto, “o jovem chega a puberdade aos (11 ou 12 anos) e é tomado por seus hormônios e desejos sexuais. Descobre a masturbação, escolhe os objetos do seu erotismo, e nesse primeiro momento vai dividir o universo feminino em duas categorias opostas: as mulheres desejáveis e as proibidas. O protótipo de mulher proibida – a que não pode ser tocada – pela própria sexualidade é sua mãe. Por isso os púberes, contra toda evidência, recusam-se a admitir que sua mãe tenha vida sexual. “Freud” quando estudou o mito de Virgem Maria, dizia que: (toda mãe é virgem)”

Para testar a teoria de “Freud”, liguei para minha mãe e perguntei se ela era dona de um “bordel” quando eu nasci. Desligou o telefone na minha cara!

“Por este motivo os homens que não conseguem superar a questão, persistem na tal divisão do universo feminino separando-o em grupo de “puras”, como sua mãe sem passado sexual, aptas para casar e ter filhos; e as “putas” excluídas de projetos futuros, amor e maternidade, porém, imprescindíveis para o prazer sexual. Mesmo na sociedade moderna, numerosos casamentos se sustentam nestas bases. A esposa perde a atratividade depois de ter filhos, e o marido que a ama, e não quer perdê-la, resolve sua sexualidade fora de casa. Assim a mulher sem alternativas, retorna à condição original de ser pura e mãe, tanto de seus filhos quanto do seu próprio marido.”

Esta, é a explicação da ciência para o caso de Pedro Paulo, que não aceita o passado da “Empresária gostosa” por achar que ela não é uma mulher pura e sim uma “puta”.

Só eu que não dou uma sorte dessas! Imagine uma gata de 32 anos, com uma anca de “potranca”, olhos azuis, cabelos loiros, pele bronzeada, pezinhos lindos como ele mesmo me relatou por telefone, empresária, com a situação estável e eu aqui, digitando a “neura” do Pedro Paulo.

Juro, se é comigo, e ela me diz que já se relacionou com cinqüenta homens, eu multiplicaria esse numero por dois e o resultado seria a quantidade de gozos que ela teria somente na primeira noite de núpcias.

Porém, insisti com outro telefonema pra mamãe e antes que ela desligasse na minha cara outra vez, disse a ela o porque da minha pergunta. Depois de me dar um esporro, confessou-me que a única coisa que fez quando eu era criança em relação a sexo, foi seguir o conselho do pediatra, que a proibiu de colocar cueca em seu filho, porque a mesma impediria o crescimento e a virilidade do pênis.

Acho que a teoria do pediatra é mais confiável do que a de “Freud”.

Pedro Paulo... me poupe hein? Ah! Ninguém merece!

Obs: Os nomes aqui mencionados são fictícios. Qualquer semelhança é mera coincidência.

Vincent Benedicto
Enviado por Vincent Benedicto em 26/01/2006
Reeditado em 27/03/2006
Código do texto: T104018