Sem arraiguismos.
(Solilóquio)
E eu fiquei assim...
Não sei se, feito a flor que repousa em vaso, decorando sala vazia, ou, feito a planta, que teve sua flor extirpada...
Quando me busco não me vejo. A imagem neste espelho desconheço.
To meio reflexo. Não faço nexo...
É um ser e não estar que distorce o sentir. É um restar, sem resto ser. É um não se saber, sabendo ter que se redescobrir, para poder se saber, para voltar a discernir.
Informações revoltas...
Desalinho, caos. E, ter que aguardar a seleção do tempo. A ratificação do essencial. Extirpar o obsoleto, reordenar. E me manter ativa, dinâmica, quando tudo que mais quero é fechar os olhos, dormir e somente acordar quanto tudo estiver equacionado.
E ter que ser realista e verdadeira comigo mesma. Exigir de mim o meu melhor. Nunca menos! Ser mais... Maior. Superar e me superar!
Porque quem tem da vida o seu melhor só pode dar, de si à ela, o seu melhor.
Sem arraiguismos...
Rosany Costa
©2008