ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE
Certa vez, um motorista embriagado trafegava em alta velocidade, quando um policial interrompeu sua corrida desenfreada e, perguntou: “Aonde você vai com tanta pressa?”. Resposta: “Aonde, eu não sei; mas, se todo mundo, que encontro, já está voltando, tenho que me apressar, porque a festa deve está perto do fim!”.
Esta simples história bem humorada pode conter uma grande verdade que traduz de forma exata a época onde estamos – a sociedade que costumo chamar de pós–superficial.
Todos apressados, sem saber aonde vão, mas, com a sensação de que a “festa” vai “acabar”.
Há algumas décadas o saudoso Glauber Rocha produziu o seu “Assim Caminha a Humanidade”.
O título do filme é um excelente “rótulo” para definir o momento atual. Talvez o referido cineasta não tivesse a intenção de retratar o momento atual; entretanto, analisando o presente, é necessário reconhecer que o título do filme pode ser utilizado no presente com em algum dos inúmeros cenários - BRASIL AFORA.
Estamos em meados de 2008, um tempo de muito estresse, superficialidade, ansiedade e inúmeros problemas, entre os quais, rebelião aberta e desobediência civil - a sonegação fiscal, a apropriação indébita, CPIs e pizzas, estão presentes para confirmar nossa linha de pensamento.
Se que em quase tudo é possível perceber um pouco de estresse, iremos concluir essa crônica, salientando um dos episódios cotidianos na vida do SENHOR JESUS:
“Indo eles de caminho, entrou Jesus num povoado. E certa mulher, chamada Marta, hospedou-o na sua casa.
Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos.
Marta agitava-se de um lado para outro, ocupada em muitos serviços. Então, se aproximou de Jesus e disse: Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me.
Respondeu-lhe o Senhor: Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas.
Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lucas 10:38–42).