A luz que clareou

A estrada que designou meu caminho desfez o suor ardente escorrido no meu rosto de tanto empenhar meu pensar no decorrer dos dias cansativos de ócio a navegar na vida sem um rumo certo. Será que esse movimento de pensar sem agir me fez engolir tantas moscas e deixar-me um alguém menos limpo, diante da sociedade que nos transforma em sujos e até mesmo em molambos velhos com o próprio fedor que originou a firmeza do caminho sem esperança.

Não sou da turma do lixo, não me refiro dos dignos homens que fazem seu trabalho todos os dias a recolher toneladas de detritos para os lixões, mas sim da turma que elabora um projeto de vida e assim que entra em contato com a água podre, vira um lixo da sociedade, um ancora da criminalidade, mas com poder de entrar e sair onde quer, sem temer a prisão, onde está a lei? Esse ser existe! Esse ser vive manipulando milhares de pessoas por uma mixaria, por migalhas e por comida.

Parece até comédia falar dessa forma, mas é o único jeito que encontrei para unir critica e poesia, percebe-se que não tem rimas, mas pela própria natureza das palavras a rima não se faz necessária, o desejo de se expressar e o desejo de garantir a interpretação que toca, já meu próprio dilúvio de palavras a descarregar nesse instante de pensamento e espirro, não de gripe, e sim de contestação do cotidiano que percebemos sem encontrar melhoria e verdade.

Nem sei mais o que é verdade, nem a própria verdade sabe se é verdade, o que sei é o que meus olhos observam, no entanto, poderia muito bem ficar quieto, calado, olhando de camarote e soltando algumas vaias quando necessário, mas sem mover um só dedo para melhorar nossas vidas. Existem juramentos, existem promessas, existem ideais, porém o que vejo são mentiras, bocejos de nada a fazer e um monte de dinheiro a ganhar. Agora eu vos pergunto...quem paga o salário dessas pessoas? Quem paga hospitais de qualidade e apenas temos lixos? Quem paga educação inovadora e temos professores ganhando salários de fome. É pessoal, ou eu estou ficando maluco ou então tem gente colocando mais dinheiro na cueca, o pior é que tem gente que leva é nas maletas mesmo, com cara de madeira, esperando um dia, quem sabe, o cupim chegar para roer seus miolos.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 06/07/2008
Código do texto: T1067953
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