Religiosidade popular

Religiosidade popular

“Meu jugo é suave e meu fardo é leve”. (Mt 11,30)

Há muitos missionários (as) consagrados (as) e leigos (as) e movimentos da Igreja Católica e de outras Igrejas cristãs que pensam em exterminar com a religiosidade popular. Não falam isso, mas na prática acabam perpetrando.

Ditame ser ridículo o jeito do povo simples e humilde dos nossos povoados de baixa renda, longe dos grandes centros fazerem suas orações.

Até parece que aquelas rezas misturadas com mitos, costumes, tradições regionais não servem, pois ainda estão longe de Deus.

Mas aquele cristão educado no mundo modernizado, que fica uma ou mais horas com um livro nas mãos ou com uma musiqueta de fundo... Esse pode e está fazendo oração do jeito certo! Está perto de Deus! Engraçado!

Aquele modo de oração acrescentada de cantoria, água benta e outros apetrechos estão fora de moda e alguns grupos até chamam essas práticas religiosas de pecadoras.

Os fariseus tentaram dominar a religião judaica com esse tipo de comportamento, matando a religiosidade popular, impondo um jeito próprio para falar com Deus e não conseguiram. Mas até chegarem ao ponto de desistirem, destruíram muitos corações.

As elites religiosas que tentam impor fardos pesados nas costas do povo correm imponderação de serem tratadas por Jesus como fariseus.

Jesus é um rei que chega montado num pequeno jumento, ou seja, veio bem diferente do que pensavam aqueles que impunham a todos um jeito de viver a fé, desrespeitando as tradições que o povo trazia.

Na passagem onde Jesus fala que o seu “jugo é suave e o seu fardo é leve” (Mt 11,30), na realidade histórica de Israel, ele está se referindo a essa questão da religiosidade popular que estava sendo esmagada pela classe dos sabidos com referência à fé.

Senhores e senhoras que acham que seus movimentos e pastorais é que estão certos, tomem cuidado para não colocarem julgo áspero e fardo pesado demais sobre as mentes e corações de seus seguidores.

Cada membro de seus grupos e movimentos tem história e tradição religiosa, respeite-o.

Muita gente entrou no céu através de suas crenças populares.

Muitas pessoas estão junto de Deus por acreditarem no jeito de rezar de seus antepassados.

Tantos e tantos corações hoje vivem na Glória celestial porque sabiam que do jeito deles, eles falavam com Deus.

Não mate nossa religiosidade popular.

Não ensine coisas que na realidade vai mais confundir do que ajudar.

O amor de Deus é infinitamente maior do que os jeitinhos de rezar que inventamos e exigimos que os outros também rezem.

É isso!

Acácio

Acácio Nunes
Enviado por Acácio Nunes em 07/07/2008
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