Se fosse comigo...como seria?

Não gosto de assistir a noticiários, por vários motivos, e dentre eles está que rarissimas são as vezes que noticiam algo bom, agradável, estimulante. É só tragédia, escândalos, dossiês, c.p.i's e agora a bola da vez é a inflação e a tal da lei seca...que já encheu a paciência de muita gente por aí.

Mas uma coisa não posso negar, é uma ótima maneira de entrar no grupo dos inconformados, "emputecidos", stressados por tanta injustiça, conformismo, falta de escrúpulos, de vergonha na cara, de respeito e preparo de muita gente por aí...e uma excelente maneira de nos fazer lembrar todos os dias...o quanto precisamos está de "olho em pé" e de "orelha aberta"....

Uma das coisas que essa semana já atingiu a cota, é o despreparo da polícia...não falo apenas as das grandes capitais...mas do país como um todo. O caso da Engenheira de Produção que voltando de uma festa ao sair em alta velocidade de um túnel...foi "talvez" alvejada pela viatura que fazia ronda na saída do túnel, ao confundí-la com marginais... fazendo-a perder a direção e cair ao lado do viaduto...e o pior que talvez os "poliças" pra encubrir a merda que fizeram...sumiram com o corpo...faz quase um mês e ninguém acha.

O caso do policial que matou um comandante da própria corporação...o caso do policial que matou um adolescente na porta de uma boate... e o estupendo caso dos policiais que alvejaram um carro de uma mulher que se vendo no meio de uma perseguição policial...encosta seu carro para evitar o perigo...mas que é pega de surpresa por 2 policiais e 15 tiros... e temendo por seus dois filhos...joga a bolsa do bebê para mostrar que não eram bandidos... e em um ato desesperado que só quem é mãe sabe...abre a porta do quarto e se joga no chão para que parem de atirar...e mesmo assim não pode salvar a vida do filho que morreu no hospital.

A indignação do pai ao falar com os repórteres é de doer...é o grito de um pai...de um cidadão...que se vê vítima de um sistema que não está nem aí para o que ele sente, ou o que o filho dele sentiu...ou o que a mãe sentirá daqui a alguns dias...no aniversário do filho que não mais está entre eles...

É triste...é comovente...é de se pôr no lugar...e se perguntar o que fariamos...se fosse com a gente?