Fui convidada e aceitei. Um jantar em homenagem a poeta Yasmine Lemos, oferecido por Zélia Maria Freire, que conheci aqui no Recanto, através de uma crônica de Marília Paixão.
 
Já conhecia Yasmine da blogsfera e do Orkut. Também já trazia no coração pessoas de sua família com quem trabalhei e que me são muito caras.
 
E Dona Zélia? Primeiro li seus textos de primeira qualidade. Reconheci seu nome e através de e-mail, soube que ela escrevera por muito tempo na Tribuna do Norte, jornal que acredito ser o de maior circulação no estado.
 
Daí  a amigas virtuais foi em um pulo. 

Chegou o dia do jntar  e lá vou eu para a casa de Zélia. Tímida e receosa fui acolhida com calor humano. Entrei no coração da escritora em noite de festa. 

E que festa! Todos os requisitos para uma festa de sucesso estavam presentes: boa mesa, ótima bebida, casa bonita, convidados interessantes e anfitriões de braços abertos para nos receber. 

A conversa de ótimo nível intelectual e sem frescura., deixou-me à vontade. A música concorria com os poemas e se fez igual. Duas expressões artísticas perfeitamente compatíveis. 

Falamos do Recanto, dos nossos escritores preferidos, dos nossos amigos comuns e desse vício bom que compartilhamos. Tricotamos, como velhas amigas, mas só falamos bem de vocês, claro.
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A noite talvez tenha sido encomendada pela dona da festa, pois estava linda. A lua em quarto crescente provou que também inspira os  poetas, pois tive o prazer de ouvir uma letra linda composta ali na hora por Mirabô Dantas, um compositor da terra que eu também só conhecia de nome.
 
Bem, a mulher tímida que  lá chegou , terminou a noite cantando com Yasmine as músicas de Chico e as de autoria do compositor potiguar que cantava para Zélia. 

Deus do céu, que coisas lindas ouvi (e cantei) ontem à noite! 

Para quem não sabe ainda, afirmo: Zélia é querida por todos e todos os seus nos dão um pouquinho desse afeto. Zélia é brilhante conversando e sendo ela mesma. Zélia é espirituosa. Zélia é franca. Zélia tem uma família linda. 

Parabéns e obrigada, "Dona" Zélia!  E sem pedir permissão, pois o texto é meu, encerro com esses versos de Mirabô que me encantaram ontem a noite.

"Mil cento e vinte anos
 Eu vivi no abandono 
 Porém quem ama tem força
 Vence fome, sede e sono
 O amor nasce no mundo
 Já destinado ao seu dono"


 Mirabô Dantas e José Newmanne Pinto