TAMPICO,O REFRESCO DE LARANJA QUE RESOLVE NA ENTRADA E NA SAÍDA

Num determinado domingo,retornando da casa da minha mãe no Méier,parei no posto para abastecer com GNV.Para os que conhecem,foi naquele posto que fica bem próximo do início da RJ 106,ao lado da revendedora FIAT.Enquanto o frentista abastecia eu me esbaldava numa garrafinha de TAMPICO.Abastecemos e saímos sem acabar de tomar o refresco.

No caminho o refresco chegou ao fim e guardamos a garrafinha numa sacolinha que mantemos no carro.Não aprovamos a idéia de se jogar lixo nas ruas,estradas,etc.

Bem,chegamos em casa e eu e minha esposa ficamos vendo o Faustão e a minha filha correu logo para o seu lugar preferido,a cadeira do computador.O sono foi chegando e lá para 23 horas já estávamos relaxados nos braços de morfeu.Perguntariam os meus pacientes leitores,então,o que tem a ver o chuchu com a salça?

Aquele domingo passou e eis que na quinta feira subseqüente fomos ao Rio para uma consulta médica de rotina da minha filha,em um centro de pesquisas da UERJ,lá no Maracanã.O horário marcado era oito horas e,saindo de Itaipuaçu seis horas da manhã.Fiz o que faço normalmente ou seja,minha esposa vai com a minha filha e eu aguardo no estacionamentoTodos sabem que eu tomo remédio para combater a hipertensão .Tomo diariamente dois comprimidos de Maleato de Enalapril de 20mg(aceito amostra grátis).As oito e meia começaram sintomas indicativos de que eu ia necessitar verter urina.Eu lia o jornal O DIA e ouvia a MPB FM.Deu nove horas e as duas não desceram,a vontade aumentou ,e as nove e meia o que era vontade se transformou em obrigação de fazer.Poderiam me perguntar se não tinha como eu ir a um banheiro por perto.Primeiro,para os que não conhecem,o estacionamento da UERJ é imenso e até eu chegar num prédio e perguntar pelo banheiro...Já era.Segundo,eu saí de casa com uma bermuda que chama a atenção na rua pela condição ridícula que eu fico quando a uso.Por exemplo,se o meu número é 56(não sei???) a minha nora, que me deu ela de presente no Natal, comprou um número duas vezes maior.Fico parecendo um escocês com aquele saiote.Como a idéia era ir e vir sem sair do carro,tudo estaria como sempre foi,sem problemas.

Encurtando,eu não agüentava mais e no pátio não havia a menor chance de me aliviar,visto que é um incrível movimento de universitários e servidores da casa.Fora a vigilância que circula o tempo todo.Quando eu já achava que ia ter que me entregar e liberar geral no carro, lembrei daquela garrafa de TAMPICO.Olha,não pensei duas vezes;fui para o banco de trás,abri a garrafinha e resolvi o meu problema.Após,coloquei a tampinha no gargalo e “desovei” numa lixeira do próprio estacionamento.

A partir de hoje sempre manterei pelo menos duas garrafinhas do refresco guardadas no carro e nunca mais terei esse tipo de agonia.

Notas:1-para evitar especulações,informo que a garrafa comporta 450ml de líquido 2- o gargalo do recipiente é de tamanho bastante generoso para resolver o mesmo tipo de problema de qualquer cidadão normal.Casos de anormalidade fogem da minha esfera médica.3- Os vidros do carro têm pelicula-4O "desaperto" foi feito no banco de trás.Estas informações se fazem necessárias porque sempre vai existir o megalomaníaco que vai dizer:-Eu não ia conseguir fazer na garrafa...

Enorê Rodrigues
Enviado por Enorê Rodrigues em 12/07/2008
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