REGICÍDIO DE D. CARLOS I DE PORTUGAL

Estávamos em 01 de Fevereiro de 1908; na Praça do Comércio

(Terreiro do Paço) Lisboa. Um dia como outro qualquer se não

tivesse acontecido, nesse dia, um facto que marcou completamente

a História de Portugal. Foi o dia do regicídio; o assassínio do Rei D.

Carlos I e do seu filho Herdeiro Príncipe Luís Filipe. Este

acontecimento deu uma nova escalada de violência pública por

todo o país.

O Rei a pedido de João Franco, dissidente do partido Regenerador

(1901) tinha encerrado o parlamento. Depois da greve académica

de 1907. Aborta, por inconfidência de um conspirador , o Golpe do

Elevador da Biblioteca. Só aí foram presos cerca de 90 conspiradores.

A pedido do governo o Rei assina um decreto em 30 de Janeiro de

1908 que previa o exílio dos envolvidos na intentona. Diz-se que o

Rei ao assinar o decreto exclamou “Estou a assinar a minha sentença

de morte”.

Regressando a Lisboa de comboio, vindo de Vila Viçosa; seguiu-se

o vapor até Terreiro do Paço. Desembarcou e tomou uma carruagem

aberta para o conduzir ao palácio. Quando já se dirigia para palácio,

mas ainda no Terreiro do Paço, começou uma grande descarga de

fuzilaria vinda de populares matando o Rei e o Príncipe Herdeiro;

ficando também caídos alguns regicidas. Todos estes acontecimentos

só tiveram a sua confirmação e finalização em 05 de Outubro de 1910,

com a proclamação da República.

Zé Ernesto Gaia
Enviado por Zé Ernesto Gaia em 31/07/2008
Reeditado em 06/07/2010
Código do texto: T1106140
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.