Para a mulher de Niteroi.

Olá você, que lê meus textos e me presenteia com poemas. Gostaria de te “poemar” mas nem sempre as rimas e a poesia estão a mão. Não me atemorize com a possibilidade do seu silêncio me permita o sonho. Tenho e tive sonhos e ambições dilatados que não couberam em mim. Alguns, guardei avaro para um futuro incerto ou para os meus herdeiros certos. Sempre que posso e sempre posso, faço paisagens do que sinto, ontem voltando ao meu apartamento vendo meus horizontes se apequenando em suas janelas e lembrando seu recado que não pude responder, fui impulsionado a voar para fora dali, sobrevoar leve o longínquo rebanho de nuvens que cobrem meu céu dali num privilegiado ponto de visões, observar sua Niterói e imaginar encontrar você em suas ruas, praças, avenidas que conheci num longínquo momento de 70 e ainda guardo algumas nesta minha memória, me presentear com sua presença viva, e pretensioso imaginá-la como disse antes ...mansamente dando pipoca aos pombos numa das praças desta sua cidade... te roubar quem sabe uma emoção, recolher seu sorriso, acolhê-lo em meu peito. Guardar e trazendo-o para Sampa estampar em meu rosto e em meus sonhos este seu sorriso encantado. Que sua luz ilumine seu sorriso, que meu carinho encontre a sua luz.

Carlos Said

Dias de Sampa

Recanto das letras

Carlos Said
Enviado por Carlos Said em 14/08/2008
Reeditado em 13/09/2013
Código do texto: T1127614
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