Crônica de uma sexta-feira admirável

Edson Gonçalves Ferreira

Ontem, saímos Fernanda e Jussara para curtir, na Pizzaria Babilônia, o show da Gang Lex, banda que é de propriedade de Saulo, filho da Fernanda. Fomos mais cedo, porque eu tinha que conversar com o Divino, proprietário do restaurante e casa de shows.

Ao chegar, na porta, encontramos com Terezinha e Glória Prado, irmãs da amiga poeta Adélia Prado. Cumprimentamo-nos e, depois, entramos. A casa estava lotada. Do lado de fora, um canhão de luz, assinalava o local.

Enquanto aguardava a chegada do amigo Divino, percebi que não havia mais mesas e nem cadeiras. E, então, pedi a gerente que providenciasse uma mesa e três cadeiras, porque a mãe do artista e nós, Jussara e eu, não poderíamos assistir ao show de pé. E, por coincidência,

a nossa mesa ficou num local ótimo, porém...

Ao lado de nossa pequena mesa, havia uma mesa enorme onde

estava Adélia Prado com seu esposo José Assunção de Freitas e membros da família e alguns amigos. De repente, Luzia Fonseca e Vivian, uma amiga comum nossa, disse-me: _Hoje, Edson, é aniversário da Glória e do Zé. Então, me levantei e fui abraçar os dois amigos.

Fernanda e Jussara permaneceram sentadas em nossa mesa e Glória Prado ficou conversando comigo e recordávamos o tempo em que

eu fazia teatro na BDL (Beirada da Linha), ensaiando perto da casa dos pais de Adélia Prado. O palco era montado, depois, em cima do muro da E.E. Halin Souki que funciona ali perto.

Lembramo-nos do casamento do Zé com a Adélia. Eu estava entrando na puberdade. Só tinha uma camisa branca. Quando a Adélia entrou com seu pai, um pombo voou dentro da igreja e fez cocô no bolso da minha camisa. Segurei para não chorar. O casamento foi na

Igreja de São José que o pai da Adélia ajudou a construir. Só guardo a lembrança da beleza da Adélia vestida de noiva e do incidente com minha única camisa branca.

Enquanto conversávamos, o show fantástico começou. A Gang Lex faz um show espetacular, com uma estrutura colossal igualável às das grandes bandas internacionais. Jussara, na mesma hora, picou a mula. Queria ficar lá na frente. Eu fui cochichar para Adélia que a banda era do filho da Fernanda.

O rock misturado com tecno enchia a casa e as roupas e luzes enchiam nossos olhos de fantasia. Quase todo mundo se levantou e dançou. Fernanda caiu na "gandaia" e, depois, até Adélia Prado começou a curtir a balada. Brinquei com ela: __Vou escrever no Recanto que você estava nas baladas. Ela apenas sorriu, consentindo.

Foi pura coincidência o nosso encontro. Glória disse que, como era aniversário dela e do Zé, ela resolveu de repente, mudar o estilo da comemoração. E todos foram para o Babilônia. Fernanda, Jussara e eu fomos para curtir o Gang Lex a convite do Divino e do Saulo.

Eu fiquei bem comportado, por causa do meu pezinho que, ainda, dói. Fernanda e Jussara e o resto do povo não. Soltaram a franga" no bom sentido. Quando era meia noite e meia, despedi-me e fui-me embora. Hoje, sábado, liguei para a Fernanda e, então, ela me contou que saiu de lá às 4h30min da manhã. _ A nossa garota está muito sapeca, não está?

edson gonçalves ferreira
Enviado por edson gonçalves ferreira em 16/08/2008
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