Cupido

Cupido... quando eu lia sobre o Deus do Amor da mitologia grega, imaginava um ser de aura iluminada, sábio em suas decisões, aquele que juntava corações perdidos e solitários, que criava lindas histórias de amor, daquelas que sempre têm um final feliz, como nos contos de fadas.

Cupido... se a explicação para as pessoas se apaixonarem for uma criaturinha que atira flexas sobre o coração dos pobres mortais fazendo com que eles se apaixonem, o meu com certeza não tem o mínino de mira, foram erros grotescos de alvo, ele deve ser miope!! Já cheguei a pensar que ele é meio atrapalhado, com uma tendêndia pra alguma doença de cunho mental, ele vê outros retardados como ele e acha que são bons partidos.

Cupido... se ele não tiver algum problema de visão ou mental ele deve me odiar, deve ser coisa de vidas passadas, uma espécie de queima de karma ou coisa assim. Nessa hipótese ele deve usar como critério seletivo a falta de carater, se o sujeito não presta está eleito.

Cupido... vai ver está estressado com o mundo moderno ou ele já deve ser velhinho e caduco, pois raramente se ouve que alguma de suas famosas “flexadas” tenha dado certo, parece que os casais que ele junta são castigos divinos. Mas seja qual for o problema dele, todas as hipóteses fazem cair por terra a idéia magica e surreal sobre esta figura, porque se ele não é lesado, cego ou burro é terrorista.

Cupido... levando em consideração a quantidade de histórias frustradas que existem por ai, jogar a culpa numa criatura mitológica, preferir pensar que a culpa é de um terceiro, imaginário, que cria confusão na melhor, ou pior, das intenções é até reconfortante. Pensar que existe alguém conspirando contra a felicidade alheia, contra ao esteriotipo de história de amor perfeita, parece muito mais lógico do que chegar a conclusão de que quem faz as escolhas erradas somos nós mesmos.

Cupido... ah se você existisse de verdade, explicaria tantas coisas, justificaria tantos erros.

Cupido... ah se você existisse de verdade, com certeza eu já tinha te processado!

Stella Maris
Enviado por Stella Maris em 16/08/2008
Reeditado em 16/08/2008
Código do texto: T1131431