PREFIRO O VICE
Ontem, conversando com minhas amigas Lúcia e Nica sobre as vantagens de ser VICE, resolvi escrever esse texto.
Por favor, alguém me responda:
Por quê eu não posso escolher o meu VICE?
Por quê o VICE não faz campanha?
E, se eu não posso escolher o VICE, por quê eu tenho que ficar com ele se eu votei no OUTRO?
Por quê o SEGUNDO colocado na eleição não assume o cargo se o eleito “deu o fora”?
Afinal, se ele foi eleito por diferença percentual de votos a mais do que o segundo colocado, subentende-se que esse SEGUNDO é o vice do primeiro, ou não?
Por quê tenho que ficar com o VICE que nem sei quem é?
Não está na hora de mudar a lei eleitoral?
Cadê o direito do Eleitor?
Em São Paulo somos especialistas em ficar com o VICE, tanto no governo como na prefeitura. E não vou me ater a citar nomes ou promessas ditas por políticos que “juraram” que ficariam no cargo até o fim e “zarparam fora”.
Lembrei de uma frase dita por meu falecido cunhado Ricardo, um alemão sisudo e intelectual, que era mais ou menos assim:
“Nunca queira ser o primeiro. Sejas tão bom quanto, ou até muito mais, mas
deixe os louros para o primeiro. È mais tranqüilo e seguro”.
Na época, achei engraçado e nem prestei atenção ás referências que ele citava, inclusive do autor da frase, que não era dele.
Mas ela cabe bem nesse assunto: a política brasileira.
Por quê, ao invés de termos XPTO candidatos ao mesmo cargo, por quê esses MESMOS candidatos não se lançam a VICE?
Por exemplo: o Kassab se lançaria a VICE do Alckmin, assim por diante.
Goste ele ou não.
Teríamos dois votos:
Escolheriamos o nome para o CARGO e o VICE.
Daí você poderia me dizer:
- E os partidos? As coligações? O Programa de Governo?
E eu como tola eleitora te diria:
- E no final, tudo não acaba em pizza mesmo?