PORCA OU PÔRCA

Douglas, quando tinha cinco anos, era alegre e cheio de histórias.

Um belo dia, Luísa foi ao centro de Vitória e o levou.

Ao passarem num ponto de ônibus, repleto de gente, o menino falou bem alto:

-Mãe, sua pôrca!!!

-O que é isso, meu filho?!

-Você é pôrca, mesmo!!!

-Por quê, Douglas?!

-Você soltou um pum!

-Não fui eu!

-Foi você, sim, sua pôrca!

-Sabe o que aconteceu? Estamos passando perto de muitos bumbuns. Como você é pequeno, seu nariz passa pertinho deles. Aí, né...

-Por isso que eu quero crescer, logo! Estou enjoado de cheirar pum!

-Douglas, você falou pôrca e não é assim que se fala, meu filho!

-Ah, mãe... A mulher do porco é pôrca, mesmo! E eu ainda estou achando que foi você, viu?