PRAZER EM PERDER

Prazer em perder? Naturalmente que isso merece uma explicação. Marquei essa frase ao ouvir meus primos conversando sobre sua rivalidade no tênis, o mais velho, com o braço coberto de recentes cicatrizes, marcas indeléveis após um desastre de helicóptero, disse ao mais novo: “Terei o maior prazer em perder para você, se algum dia eu puder jogar tênis outra vez”.

Perder e ganhar são duas perspectivas reais em qualquer situação que nos encontramos. Há sempre o que contabilizar no lado do débito e no lado do crédito em cada decisão, em cada experiência, em cada momento da nossa história. Podemos nos debruçar sobre o que foi ruim, pesaroso e amargo e derramar lágrimas formando um rio caudaloso para fazer velejar o lado podre da nossa existência, sem destino, sem vento, sem rota, sem porto. Por outro lado, podemos também ter percepção do lado bom da vida. Em algumas vezes a avaliação do que aconteceu é que está errada, em outras vezes, embora tenha sido ruim, continuar curtindo o mau nos fará mais doentes ainda e será melhor simplesmente desfrutar do que sobrou após a avalanche. Catar os pedaços de nós mesmos e tentar nos refazer. Deus nos ajuda nessa tarefa.

Pensar no que é bom – desculpe “Red Bull” – nos faz criar asas, voar num “céu de brigadeiro”, deslizando no vento do Espírito, rumo ao mais excelente dos sonhos.

Existem alguns “jogos” na vida que o importante não é perder ou ganhar, mas continuar jogando. Assim é a vida, se estamos vivendo, a vida que Deus nos deu, estamos ganhando.

Bom jogo para você!