A dor da solidão

A dor da solidão

Augusto Cury, fala muito sobre a educação de nossos sonhos, formando jovens felizes e inteligentes. Em vários livros de sua autoria, que tive o privilégio de ler, constato a imensidão de maneiras de agir, que podem sim, minar o crescimento de um jovem, bem como tantas outras mil, que podem transformá-lo, num ser feliz, livre, sociável e no que a atualidade tanto exige, seres empreendedores.

Vivemos a era da solidão, do medo, da alienação. O estresse e a ansiedade são a rotina de muitas crianças, da maioria dos jovens e de quase todo o adulto, até mesmo dos idosos, tão carregados de sabedoria e tão esquecidos e maltratados.

São tantas as informações, que devem ser decoradas, que não há nem mesmo espaço para refletir... O ato de pensar tornou-se obsoleto. Tudo vem pronto para ser engolido.

Augusto em seus livros ressalta constantemente, a necessidade urgente de trabalhar a emoção, como a chave propulsora, de jovens presos, que anseiam a liberdade. Jovens que desejam ardentemente, liberar seus medos, derramar suas lágrimas, mostrar suas fraquezas e não trancafiar seus sentimentos e pensamentos, como se fosse criminalmente condenável, ser um ser normal, imperfeito e principalmente, como se fosse terrível revelar-se um aprendiz.

Segundo Augusto Cury, os jovens hoje, não recebem os estímulos necessários para que tenham coragem de abrirem o leque de sua inteligência, atrofiada pela falta de uso. Educar não é tarefa fácil, mas segundo Cury, não é impossível. É necessário procurar conhecer alguns segredos da nossa personalidade, para que possamos enriquecer as nossas relações sociais.

Talvez seja esse o caminho, que poderá nos auxiliar, na formação de pensadores, educando a emoção e assim expandindo os horizontes da inteligência, o que ocasionalmente produzirá uma melhor qualidade de vida.

É necessário sair de nosso próprio casulo, para descobrir que existe um mundo imenso, a ser descoberto dentro de cada jovem, de cada criança, de cada um de nós. Nossos jovens clamam pela presença dos pais em suas vidas, vivem ilhados, isolados em seu fechado mundo. Estão cheios de conflitos existenciais, e não encontram pessoas para ajudá-los, encontram apenas máquinas.

Estamos na era das máquinas, e máquinas não tem poder para dar tranqüilidade, suprir carências afetivas, tampouco amor e amparo.

Hoje nossos jovens são informados e não formados, são criados e não amados, são submetidos e não ouvidos, são condenados e não absolvidos.

Hoje não precisamos de gigantes, mas de seres que falem a linguagem que penetra no coração, porque nenhuma técnica funciona se, o amor não funcionar.

O pessimismo é o câncer da alma. A sociedade com o lixo da mídia, bombardeia a mente, rotulando, cobrando, nocauteando os nossos jovens, que não compreendem que todos temos nossos próprios limites de força. E muitos caem nas fugas mais cruéis, como as drogas.

A vida é um contrato de risco, ao qual os jovens erram demais, em busca de sua identidade, do seu espaço no universo.

E para que saibam superar suas quedas, levantar-se novamente, eles precisam de bons exemplos. Exemplos dos que também erram e também tem que superar suas frustrações. Aprender na figura dos mais experientes, que os fracassos geram maturidade, e a maturidade gera o ato de perdoar a si próprio e aos outros.

Eles precisam saber que, os segredos da felicidade, se escondem nas coisas simples e anônimas, tão distantes e tão próximas deles. Eles precisam dialogar mais e conversar menos, pois dialogar é falar sobre o mundo que somos, e conversar é falar sobre o que nos cerca. O diálogo nos faz viajar para dentro um dos outros.

Comportamentos inadequados são na maioria das vezes clamores, que imploram a presença, o carinho e a atenção.

Falta-nos na atualidade em que vivemos os abraços, os beijos, falta-nos muito a demonstração de afetividade, certas atitudes de amor, rompem os laços da solidão.

Precisamos conseguir fazer os nossos jovens sonharem. Os que sonham, estão criando idéias e obviamente pensando.

Quem pensa, transforma informações em conhecimento e o conhecimento em experiências.

E nossos jovens, precisam experimentar os vários sabores da vida. Conhecer o sabor adocicado das vitórias e o amargor das derrotas. Precisam ter a consciência de que, trabalhando-nos num conjunto, estaremos criando uma auto-estima elevada e revitalizadora. Teremos estabilidade emocional para discernir o que é bom e o que é ruim. Tranqüilidade para analisar os fatos da vida, com coerência e maturidade e principalmente contemplar as coisas realmente belas, como o ato de perdoar, de fazer amigos, e de se sociabilizar e amar.

milizinha
Enviado por milizinha em 03/09/2008
Reeditado em 19/05/2011
Código do texto: T1160135
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