NUANCES EM TRILHOS.
Na Estação Ferroviària de uma pequena cidade...
Entre fumaças e o chiar da velha locomotiva; soou o Apito...
Gente apressada, despedidas, lagrimas, abraços e sonhos...
Novamente soou o Apito!
Hora da partida! , o trem começou a movinmentar-se ganhando velocidade.
Devidamente instalada em sua poltrona na janela observa a paisagem, que em mudanças rapidas pareciam correr como os trilhos, mas que não deixavam de serem poeticas e muitas vezes nostalgicas!
Observando ao seu redor as cenas do vagão , entrega-se ao clima imaginário de sua viagem.
Da poltrona a sua direita, um velho senhor, em seu terno cinza de risca, (que mais parece um barão dos tempos coloniais) cochila de boca aberta...
Em outro canto a mãe amamenta o filho no peito, ainda preocupa-se com a pequena menina que não para quieta, esborrachando-se no vagão.
Mais a diante uma simpatica e gorda senhora delicia-se com seus biscoitos cujo farelos voam pelo ar.
Alheios a tudo; Um casalzinho em chamegos, nas mãos alianças que brilham ... beijos em lua de mel!
Eis, que chega o condutor com seu uniforme desbotado, ofegante!, sem muita paciência vai picotando as passagens.
No sobe e desce de passageiros em cidades e vilarejos ,os personagens mudam a cena ...
Nesta vivência fisica ,vai construindo seu texto e seguindo seu destino...
Ao aproximar de mais uma plataforma, a locomotiva vai reduzindo a velocidade, nos trilhos o chiar da maquina tchi,tchi,tchiiiiiiii...
Enquanto ... Retorna o condutor, desta vez gritando a todo pulmão;
DESEMBARQUEEEEEEE... ao memo tempo, anunciava a cidade.
Agitações!! Os figurantes saem de cena.
Novos Apitos... tchi, tchi,tchiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii...
Tudo se repete!
Ficam apenas momentos suspensos...
Segue a velha locomotiva, em outros trilhos novas nuances...
ANA RIBEIRO.
4-9-2008