SÍNDROME DA BARATA TONTA

Sabe aquele dia em que nada parece funcionar, muito menos os seus neurônios? Pois é... Nesse dia me sinto atacada pela síndrome da barata tonta.

O que? Você não conhece? Pra falar a verdade, nem eu, mas vamos combinar que é bem chique! Não o termo em si, porém é bem melhor do que falar que estamos com preguiça...

E nessa época em que todo mundo se diz tão “zen”, em que todos estão preocupados com o crescimento espiritual e se dizem quase todos mestres (Alguns se dizem até ascensionados! E eu convivia com santos e nem estava sabendo, menina!), como poderia falar a eles que estava mesmo com um, pelo menos, dos pecados capitais? Na certa seria excluída do convívio social!

Mas que a Síndrome da Barata Tonta (vou usar a sigla, pra ficar mais imponente), a SBT... Hum, acho melhor não! Acabou ficando com a mesma sigla daquela TV tão popular! SinBaTon? Não... Frescura, mas sem exagero não é? Essa fica parecendo coisa de patricinha...

Bom, deixa o nome pra lá, já deu pra entender! Eu acordei com uma preguiça daquelas. Um dia quente... tórrido... Quer saber vou mesmo é fazer NADA, absolutamente nada! Nem quero me olhar no espelho, pra não assustar e ter que tomar alguma atitude! Nem!

Ah que delicia, sombra e água fresca! Água? Ai eu tenho tanta roupa pra lavar! Ah, isso a máquina faz sozinha. Faz mesmo? Lá vou eu. Trabalha, trabalha, trabalhe nega! Só cantando a musica da escrava, fala sério!

Também só vou fazer isso e nada mais... Nem peça, nem insista. Vem o filho e grita que ta com fome e ESCOLHE o cardápio do dia! Pronto... Bastou pra ser atingida pela síndrome. E vira pra cá, vira pra lá, faz mil coisa... Ai preciso ir ao supermercado! Bom depois de muita, mais muita luta mesmo pros meus neurônios conseguirem vencer a árdua tarefa, eu disse: Vou pra cama e de lá ninguém me tira!

- Mãe, você esqueceu a reunião da escola?

“Não! Não! Não é possível! Me errem!”

- Que reunião moleque?

Um sol de 750 graus, no mínimo, de tão quente! E lá fui eu, aturar essa chatice bimestral. Na volta nem sabia o meu nome de tão cansada e tonta que estava. Eu não só estava com a síndrome, como era a própria barata tonta!

Pensa que o dia acabou? Qual o que! E a janta? Quem garante!

Só sei de uma coisa: quem e perdoem os “mestres zens”, mas eu estava mesmo com preguiça e quando estou assim, meus neurônios entram em coma... Amplo, total e irrestrito!

Síndrome de Barata Tonta... Vai me dizer que você nunca teve igual, Santa?

Santo André, 12.09.08 – 18h40m