A complexa simplicidade da alma humana

 

     Quem somos nós afinal de contas? De onde partimos e para onde retornaremos?Será a estação de partida a mesma que nos acolherá quando deixarmos esta existência ou existirá uma outra, a de retorno, com outras nuances?
 
     Perguntas mais ou menos assim povoam a mente de quem se preocupa não apenas consigo mas com todos que estão ao seu redor e até mesmo com a sorte do próprio planeta no qual habita.

     Viver por viver desfrutando apenas dos prazeres que tocam e fazem vibrar os sentidos materiais é igualar-se com os nossos irmãos irracionais que não possuem a capacidade criativa da qual somos dotados.
     
     Percebemos que há algo a mais em nós.Uma centelha que nos permite criar o nosso próprio destino através das nossas ações guiadas pelo livre arbítrio.

     Assim somos nós: espíritos criados por Deus, na sua essência simples e ignorantes que, vida após vida, traça a sua história rumo à derrota ou à vitória a depender do caminho que escolhemos para seguirmos.

     Ninguém se iluda pois que será beneficiado na estação de chegada por méritos que não possua , como acontece por aqui nesta nossa malbaratada vida.Receberemos sim o valor real das nossas ações aqui praticadas, no tribunal da nossa própria consciência, com a moeda da paz ou do desespero a depender do que fomos e do que fizemos com relação a nós mesmos e ao próximo.

     Imaginar que os ouropéis desta existência nos acompanharão para abrilhantar e assegurar em outras instâncias o que aqui logramos alcançar às custas de mentiras e apadrinhamentos, é desejar tapar o sol com a peneira impedindo-o de brilhar ou, quiçá, carregar toda a areia de um deserto em um só caminhão.

     Eis pois a complexa simplicidade da alma humana. Ela é pura, simples, autônoma e criada para a felicidade.No entanto extravia-se por caminhos tão tortuosos, se perdendo em tais labirintos, muitas vezes por longos e sofridos milênios.

     Daí Jesus haver dito: ..."Deixai vir a mim as criancinhas pois que dela é o reino dos céus"!

     Ele não se referia às criancinhas na idade cronológica mas a todos que conseguem preservar a pureza da sua alma tornando-se capaz de refletir a Sua presença através das próprias ações.

     Reflitamos pois o que estamos fazendo de nós mesmos diante de tão sublime máxima


bjs soninha