Um novo amor
 
            “A gente rir, a gente chora. E joga fora o que passou.
 A gente rir, a gente chora. E comemora um novo amor.”
Maria Rita – Novo Amor
 
            Depois de um antigo amor, sempre há amigos que dizem que se deve curar o mal de um amor com outro. Eu sempre fui contra essa lei metafísica da vida. Mas há controvérsias, eu mesma sou um caso complexo que tive de me render a essa pré-lenda de psicologia surrada de beira de botequim.
            Passei a acreditar no amor, faz pouco tempo. De Cinco anos pra cá, mesmo sendo avessa a sentimentos declarativos atualmente, tive que me render a minhas vertentes poéticas, por eu ser uma romancista convicta assumida. Eu não amei muito nessa vida, apenas me iludi bastante. Mas as poucas vezes que amei, soube aproveitar bem, tanto que estou solitária ultimamente. Mas não sozinha.
            Depois de escutar fielmente o CD de Maria Rita, tive que tirar o chapéu para a música Novo amor. Pois, cá entre nós, nosso coração é um eterno folião que vive um perpetuo carnaval. Dança, brinca, leva pisões no pé, quebra dois dentes e ainda está pulando carnaval. E quando se estafa, chega à quarta feira de cinzas, respira fundo olha nos olhos de certo e ressuscita com um novo amor.
            Temos um coração leviano, bandido e mal amigo, às vezes. Gostamos de sofrer. Digo isso por experiência própria. Parece que quanto mais somos chicoteados, é que amamos, mais. Eu sou uma dessas e me rendo as criticas. Amo intensamente. Mesmo que pareça ou não. Ainda curo dores, mesmo que não pareça.mas uma coisa aprendi, para se curar um maltrapilho amor que já se foi é necessário que se coloque um sorriso no rosto e veja que existe vida além dessa pessoa.
            Todos sofreram, um dia passará. E estará caminhando na rua e reencontrará tal ex-amor, nem se lembrará dele. Pois seu novo amor já existe e você talvez nem o conheça. Ter afeto por alguém é bom, mas se dedicar inteiramente a alguém já ache um pouco demais. Não se pode anular para se querer ter o outro. Sofri isso na pele a poucos dias e sei como é duro. Amar alguém que não sabe o que é amor, e que acha que você também não sabe. Mas aliais que realmente sabe o que é esse sentimento? Nem nos mesmo o conhecemos fielmente. Há que ache que sabem. Há que não sabe isso não importa, pois ele não foi criado para ser entender, mas para se sentir.
            Então, sintam com essa crônica curta, meu novo amor. Que ainda não em nome definido, mas que sei que me fará feliz. Quem adivinhar o seu nome, ganha um doce... Só que antes, me apresente ele, ok!
 
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 18/09/2008
Código do texto: T1184242
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.