Matisse


                       PINTURA VIVA COM MATISSE


             Henri Matisse  foi uma das expressões máximas do movimento expressionista frances denominado Fauvismo,  que se contrapôs ao Expressionismo alemão em princípios do século XX. O Fauvismo apregoava a intensidade absoluta da cor, tendo Matisse trabalhado seus campos com absoluta singeleza e imparcialidade. Uma vez o grande pintor escreve ao seu amigo e pintor Pierre Bonnard e  lhe diz: - Viva a Pintura! A historiagrafia da arte diz que essa exclamação resume Matisse, pois a pintura era a sua vida. Houvesse o que houvesse ele seguiu o seu caminho. Quando em 1941 foi operado de câncer e não podia sair da cama, nem manipular os pincéis Matisse os troca por tesouras e com suas lâminas afiadas recorta as formas das cores e da beleza do mundo, fazendo pinturas/esculturas de papel, intensamente coloridos, retirando-as da escuridão do éter. Matisse materializa a luz, a luz está em toda a parte para quem quiser vê-la, e assim entende o pintor que seu percurso  deve ser sempre uma busca pela luz.  O ateliê de Matisse era um laboratório, uma oficina onde captava o brilho dos seres e das coisas. Com seus óculos finos, redondos filtrava as formas do mundo, mas, não pintava as coisas em si, nem reproduzia os objetos que lhe falavam por reproduzir, mas, descobria-lhes as relações porque sabia que as formas só se harmonizam quando relacionadas. O mundo lhe era uma grande alegoria, uma grande dança, como o grande quadro que pintou inspirando-se na dança francesa Farândola e recusado por quem o encomendou e hoje uma das obras mais expressivas da  história da pintura moderna. Matisse e seu azul mediterraneo intenso, mais que azul do mar, do céu, misteriosa conversa...