Dia de cão na vida de um jegue.

Sabe aqueles dias que você acha que deixou tudo escapar pelas suas mãos? Hoje foi um dia assim. Dia de cão? não, de cão não por que é muito clichê. Um dia de jegue, sabe? daqueles que vivem levando chicotadas nas costas, pucham o peso de uma carroça enorme e ainda são feiozinhos coitados. Hoje eu puchava o peso do mundo sem ninguém perceber. Ou talvez fosse só o peso do meu coração que não é de gelo.

Coração cansado: Cansado de idas e vindas que não levam a lugar nenhum, cansado de tanto tentar e nunca conseguir o que quer, o pior é ver aqueles que não merecem chegando ao seu prêmio, o meu prêmio que não é meu.

Coração ferido: Feridas se cicatrizam eu sei, mas muitas deixam marcas. Como alguém pode achar que pode confiar em outra pessoa? que se tem amigos. "Amigos não existem, existem colegas",assim dizia meu pai, talvez ele tivesse mesmo razão. Amigos não ferem nossos corações, ferem? não sei, mas também não quero acreditar que a amizade seja mais um fantasma camarada na vida de alguém. Amigos existem, mas e ruim passar um dia todo sem nenhum do seu lado pra provar que a amizade é mais do que o Gasparzinho.

Coração quebrado: E aqueles cacos afiados correm por minhas veias e artérias, sugam minha corrente sanguínea e chegam ao meu cérebro. Me deixam louca. Insana. Preciso de ti. Esqueça! não preciso mais. Me lembrei de tudo já. Como você pode quebrar um coração que sempre te protegeu? Cada uma de suas paixões te levam pra longe, mas me enchergas na hora da dor. Por que só na dor? Me enchergue também agora, estou aqui!

Pobre menina andando sozinha pelas ruas, pobre jegue, cansada, pesada, discriminada. E por mais que os outros sintam piedade, ninguém se importa o suficiente para ao menos dar algum valor, e assim seu coração continua a assumir várias facetas. Quais serão as de amanhã?

Só sei que dias ruins deveriam obedecer aos comandos do controle remoto da minha TV.