AMOR E ILUSÃO

Evaldo da Veiga


Às vezes me vejo em um mundo bem distante que sei que é imaginário, mas mesmo assim, interajo, tentando vivê-lo na mais Santa precisão. Gosto do belo e tento vê-lo até onde o raciocínio lógico não consegue concebê-lo. Por isso, muitas vezes, mergulhos nos sonhos.

A vida nem sempre vai pra onde queremos, sei disso, já disse isso, talvez repetidas vezes; – se não de forma direta, disse em meus versos quando são tristes. È necessário à tristeza, para o valor da alegria. Às vezes, em tempos idos, já estive tão triste, que cheguei mesmo a estar no momento do Adeus. Mas a vida é isso, um vai e vem, embora nos pareça sempre indo além.

Vejam vocês: fui para o colégio com cinco anos e em dois minutos de sala de aula já estava amando a Professora Zuleia. Que tesão minha Professora. Se me perguntarem pra que aquele tesão se eu era um tenro menino, Pinto pequeno e sem ejaculação... Só posso responder que era lindo e como proporcionava viagens lindas, do céu até não sei onde, só sei que os locais eram lindos e bons.

Das minhas Professoras do Primário, da primeira a quinta série, amei duas, tive tesão por quatro e somente uma afugentou o meu desejo. Ela era muito pessimista e só falava que o mundo ia se acabar em qualquer momento. Eu achava que era uma indireta para me apontar como culpado, porque eu sentia aquela vontade forte de fazer amor com as outras Professoras. Quanto mais ela falava, mas eu me afastava dela e ficava pertinho das Professoras que eu já nem via fazia tempo, mas sonhava com uma presença amiga e ao mesmo tempo de mulher bem indecente. Sempre senti que a mulher precisa mesclar pureza e, em certo momento, com a mais despudorado desejo.
Um misto de Puta e Santa, que mulher perfeita.

Imagem: Tela do Diego Velásquez


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