Quando criança, passamos por uma fase em que pra tudo respondemos "não". É engraçado, parece que o "desconfiômetro" tá sempre ligado. Um medo antecipado, sei lá. Mas faz parte do nosso amadurecimento. Aos poucos, com o convívio damos uma folga a tantos "nãos".

Acho que meu problema, na verdade, foi passar para o sim.

Sempre fui muito "boazinha" demais com todo mundo, parecendo querer agradar sempre, não sei por que. Não é que me arrependa, não, claro que não (rrs). Mas é que foi gostoso, após a maturidade (a minha tá chegando aos poucos), aprender a dizer não. Sabe, adorei.

Eu fazia às vezes sacrifícios pelos outros. Fazia o que não podia para ajudar quem quer que fosse e tenho certeza, hoje, que muitas pessoas se aproveitavam dessa minha "bondade". Não é que eu tenha virado uma "megera" (rsrs), pois nossa essência não muda, mas hoje, quando acho que algo não me convém ou até mesmo que querem se aproveitar  desse meu lado, eu simplesmente digo não. Comecei treinando aos poucos. Foi uma tarefa difícil. Mas percebi que quando fazia isso, sentia-me melhor.

Procuro agora ser justa comigo e com os outros. Meu "não" não é aleatório. É pesado, medido, mas penso em mim também, sem egoísmos, mas com racionalidade. Acho até que estou sendo mais respeitada com isso. Algumas pessoas que me conhecem há muitos anos, às vezes estranham um "não" meu. Já percebi várias vezes, mas acho ótimo que percebam essa minha mais nova marca de "mulher madura".
 
Não, não e não! 

ADOREI!