Brown X Brant – Ambos na justiça
Vincent Benedicto


A sexta-feira de 10 de março de 2006 em Londres, foi marcada por troca de farpas entre historiadores, que brigam por reconhecimentos e direitos autorais no romance de Dan Brown que virou best-seller.

“Richard Leigh foi ao banco das testemunhas depois de mais de três dias de interrogatório exaustivo do também querelante Michael Baigent, animando os procedimentos no tribunal e dizendo que tudo o que queria era o reconhecimento apropriado de parte de Dan Brown em seu romance.

Leigh não poderia ter sido mais diferente de Baigent, que depôs em tom calmo e professoral. Ele apresentou seus argumentos em tom claro e agressivo. Em lugar de vestir terno escuro e sóbrio, ele compareceu ao tribunal esta semana usando jaqueta de couro marrom e óculos de sol.

Leigh e Baigent são co-autores do trabalho histórico de 1982 "The Holy Blood, and the Holy Grail" (O Sangue Sagrado e o Santo Graal) e afirmam que Dan Brown copiou os temas centrais do livro deles em seu thriller de fundo religioso.
Os dois historiadores estão processando a editora britânica de Dan Brown, Random House, num processo que vem atraindo atenção enorme da mídia, tanto em função do status de superastro de Brown no mundo literário, quanto pelo precedente potencial que o processo pode criar, no caso de os historiadores saírem vitoriosos”.

Em agosto passado, Dan Brown venceu uma ação na Justiça contra outro escritor, Lewis Perdue, que alegou que "O Código Da Vinci" havia copiado elementos de dois de seus próprios romances, "Daughter of God" e "The Da Vinci Legacy".

Enquanto os britânicos brigam por reconhecimentos literários, os nossos nobres parlamentares brigam para não perderem o mandato. O plenário da Câmara dos Deputados, absolveu quarta-feira dia 08/02/2006, Roberto Brant (PFL-MG) da acusação de ter se beneficiado de recursos do chamado valerioduto.

Antes mesmo de concluída a apuração dos votos, Brant já havia conseguido os votos necessários para impedir a aprovação do parecer do Conselho de Ética e, assim, manter seu mandato de deputado.

Num espetáculo público, sob a luz dos holofotes, da imprensa, da corja do baixo clero o plenário da câmara lotado com o comparecimento maciço de ícones da nossa política, das diversas siglas partidárias, o PT, o PFL, o PSDB e outros partidos da base aliada e da oposição garantiram os 283 votos à rejeição do pedido de cassação do deputado Roberto Brant (PFL-MG), contra 156 que tentaram salvar a credibilidade da Casa, votando a favor do relatório do deputado Nélson Trad (PMDB-MS) - relator do Conselho de Ética - que concluía pela punição.

”O deputado mineiro, até então com exemplar biografia, estimado pelos colegas, escorregou nas facilidades de época de campanha e caiu na rede, ao receber e não declarar a doação de R$ 102 mil da Usiminas, repassados pela empresa SMP&B, em 2004”.

Desde a enxurrada de lama de corrupção, que atolou o Pt e seus aliados, no maior escândalo político já visto no Brasil, a tão famosa CPI, puniu apenas o cagüete e cantor (tenor) ”Robert Jeffer” e o falsário José Dirceu. Os demais, com certeza, participarão da grande pizza a la delubiana, com molho valeriano, regada ao azeite “severiniano”, servida pelo garçon Aldo Rebelo, e serão novamente convidados para a festa da entrega do Oscar ao companheiro palestrante de karaokê, historiador “Bonapartense” que pelo andar da carruagem, corre o risco de colocar a faixa por mais quatro anos.



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Vincent Benedicto
Enviado por Vincent Benedicto em 12/03/2006
Reeditado em 12/03/2006
Código do texto: T122008