FUTURO DUVIDOSO DA EDUCAÇÃO

Hoje mesmo tive um pequeno debate com alguns profissionais do ramo educacional, que atuam na rede pública de ensino como professores. No decorrer da discussão pude notar uma visão retrógrada e acomodada no que se diz respeito à educação púbica e privada. Defensores da estabilidade gerada por aprovação em concurso público. – Eu quero é estabilidade, ganhar bom salário e garantia de emprego em longo prazo.

Pensando assim, vemos afundar a cada dia mais nossa já tão afundada educação. Educação que os próprios profissionais já os vêem como incapazes de contribuir para formação intelectual de nossa sociedade. A nossa educação do papel na qual está previsto nas LDB da educação, sendo que não receberam conhecimentos o suficiente para tal em suas universidades. Visto que isto ocorre em grande parte deste tipo de instituições, como pode-se observar o baixo índice em exames como Enad.

Analisando as queixas constantes de diversos segmentos profissionais, dentre as principais explicações dadas por eles em relação a origem da problemática vivida em seus ambientes de trabalho destaca-se aos baixos salários e inadequações estruturais por parte do governo. Portanto não deve levar em conta apenas as queixas e dificuldades vividas no trivial de seu contexto, sendo que, fatores como salários não ampliaria a competência do profissional em executar sua tarefa, visto que em sua maioria, o profissional não é capaz de prestar o serviço que lhe foi imposto corretamente. Dado que o mesmo tem conhecimento da situação do meio em que se inseriu, sabendo das dificuldades que enfrentaria como profissional da educação.

Será que este profissional está visando concurso publico, como forma de estabilidade financeira ou sua importância social? Será que a falta de competência que presenciamos no dia a dia em órgãos públicos seria solucionada com simples aumentos salariais? Fica a grande dúvida, em quanto alguns desejam “rios” de dinheiro; outros ficam a se humilhar e não ter os serviços de direito a ser recebido com qualidade e alguns ficam a dizer que não o fazem por não receber o suficiente para tal.

A educação de hoje vem sendo fundamentada na falta de educação dos profissionais do ramo, pois vemos constantemente em redes de ensino, professores (os sábios), os difusores de conhecimento, pessoas incapacitadas e sem habilidade de compartilhar e ensinar. Profissionais com necessidade de aprender quando são obrigados a ensinar. –Seriam estes profissionais errados? Sendo que passaram 4 há 5 anos de suas vidas sentadas em cadeiras universitárias para se tornarem capazes à serem difusores do conhecimento, mesmo vendo-os como incapazes, sabendo de suas falhas devem se comportar e agir como fosse capazes e fingir serem professores, ensinando os alunos a serem atores e representarem ter aprendido algo que nunca lhe foi ensinado.

A cada ano temos a oportunidade de ver o resultado do desenvolvimento da educação em âmbito nacional, estadual, municipal e até mesmo de nossas instituições de ensino individualmente. A Provinha Brasil, o Enem, o Enad e até mesmo o IDEB, são índices que nos auxiliam a ver se os professores de nossos filhos, são professores competentes e com capacidade em propagar o conhecimento na área que propõe ou são simples professores de teatro, que os ensinam a atuar como pessoas que sabem e aprenderam, aprenderam o que lhe foi ensinado, como nada lhes foi transmitido, nada sabem.

Está em minhas mãos e em suas atitudes de ir atrás, pesquisar, buscar saber o desempenho de seus filhos, dos professores e da educação local, pois se todos o fizéssemos com toda certeza teríamos uma educação de qualidade, viveríamos em uma sociedade mais justa e com confiabilidade de auto-analise, de ver suas falhas e corrigirem, e não aceitar por aceitar tudo aquilo que lhes são impostos.

Porém hoje muito falamos da falta de qualidade em tudo e apenas criticamos e não buscamos alguma forma de solução. Eu, sábio também não sou, porém me proponho a buscar e editar em forma de artigo algumas soluções para o ensino, sendo este o principal e definitivo fator para formação de uma sociedade.

A principal falha está nas universidades, formando e “soltando” pessoas com títulos de profissionais sendo que na verdade nada o sabem e jamais prestarão e difundirão um conhecimento de qualidade. Seria necessária uma capacitação e atenção maior nestas instituições, para que não haja tamanha dificuldade em achar profissionais capacitados. Pois como exigir de um professor para ensinar algo que sua universidade não lhe ensinou? – Impossível. Por tal motivo estamos onde estamos.

Não devemos apenas criticar, sim buscar compreender e lutar por uma melhoria, porém no Brasil se torna este um trabalho árduo e incoerente, pois para nossos governantes quanto menos a população souber e for instruída quanto aos direitos e educação de qualidade, maior sua capacidade de corrupção.

Enquanto nada consigo alterar, fico ampliando minha indignação e analisando para ver os principais erros e falhas, para depois lutarmos para encontrar uma solução. Algo que parece impossível, porém com empenho de todos em fiscalizar e saber fazer seu verdadeiro papel de cidadão perante a sociedade, com toda certeza essa “eternidade” passará rápido e teremos competência de auxiliar para um futuro melhor para nossos descendestes.