A MULHER E O TEMPO

Ah os homens! Nos dedicamos, somos sinceras, oferecemos nosso carinho, atenção e amor, e o que ganhamos? um desdém, um carinho falso, um não querer, mesmo assim continuamos ali, cheias de amor, esperando que pelo menos um dia, tenhamos um pouquinho do que oferecemos. Mas eles, com toda insensibilidade só ficam curtindo e aceitando o que lhe oferecemos.

Aí o tempo passa... vamos mudando aos poucos. Mas como esta mudança demora!

Investimos em um, dois, três, enfim, vários relacionamentos, achando assim que um dia chegará um que realmente nos entenderá e será merecedor de todo nosso amor. E brasileiro como não desiste nunca, rs...rs....rs... continuamos.

E o tempo passa... E nada... O jeito realmente é amadurecermos, e mudarmos mesmo. E como custa! Mas no final conseguimos um dia mudar, aos trancos e barrancos.

E qual nossa surpresa quando nos deparamos que nem estamos mais sendo fiéis. rs...rs...rs... Que mudança foi esta? Estamos tentando com um, quando de repente volta para nossa vida aquele que mexe realmente com nosso coração, e que um dia veio e por algum motivo se foi. E aí? O jeito é, já que mudamos mas continuamos ainda, lá no fundo do nosso coração, romântica, aceitar de braços abertos o retorno deste homem à nossa vida.

Só que dias antes estivemos com o outro, aquele atual que estávamos jogando nossas fichas para uma nova tentativa. Aquele que tivemos um final de semana repleto de aventuras, de sexo, de risos, de coisas gostosas que todo início de relacionamento nos proporciona. E esta volta pega-nos desprevenidas. E agora o que faço, vou, não vou? Estarei sendo aventureira, prosmícua, mil e uma coisas passam por nossa cabeça.

Paramos, pensamos, e decidimos, não sou nada disso, vou é voltar para os braços de quem realmente mexeu comigo. Mas não vou descartar este atual pois não sei se o outro só veio, não sei se irá ficar, não sei o que ele realmente quer. E vamos...

Nisto percebemos que nada mudou, que ele mexe e muito conosco. Que a emoção é a mesma, ou quem sabe, não é maior!

E sabemos que estamos traindo os dois, ou para ser bem exata, os três, pois estou incluindo-me nisto também. Os dois na realidade estão sendo "cornos".

E o que ocorre minha amiga? Você de repente se vê vivendo uma relação com dois homens. Você não está vivendo como um casal, você se transformou em Dona Flor e seus dois maridos. Aí sua consciência, que está ligada a uma educação formal, lhe cobra, te empurra para um canto, e diz: o que está havendo?, você nunca foi assim!, você não é assim! E você fica no maior sufoco, pois o que mexe contigo quer te ver, mas ontem você esteve de novo com o outro, e ele na sua euforia deixou marcas no seu peito, no seu pescoço. E agora, o que fazer? Será que terei tesão, pique, para uma nova relação? Estarei com vontade?, ou farei como os homens fazem, só curtem o momento. E agem daquela forma, lavou, tá novo, pronto para novo uso. rs....rs....rs...

É, os tempos mudaram! Nos emancipamos, estamos tão libertas, que estão até conseguindo que nos libertemos também daquela dependência emocional, aquela que nos acompanhou durante todos os anos Mas é a vida. Os tempos mudam, e nós temos que acompanhar as mudanças. Senão, ficamos tristes, carentes, dependentes e o pior, sozinhas. Sem um homem para nos dar este maravilhoso prazer que só eles sabem dar. Alguns homens, para sermos bem sincera. rs...rs....rs.... Mas fazer o quê, nê?

VILMA PESSÔA
Enviado por VILMA PESSÔA em 10/10/2008
Código do texto: T1221909
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