Matemática do coração.
Silêncio...
Um grupo de meninos conversava em tom baixo ao meu lado.
Alguns poucos alunos, que não desceram para o intervalo, se distribuem pela grande sala.
Dispersos em seus próprios pensamentos.
Uns estudam a matéria dada...
Outros... Outros apenas não quiseram sair do ambiente fresco do ar condicionado.
Alguém quebra o silêncio com o ranger da porta, todos saem de seus mundinhos para verem quem entra.
A loura, que senta do outro lado da sala.
Invade nosso silêncio com risadas sem propósito algum. Ela e sua amiga.
Humptf! Meninas!
Eu, com meu biscoito a mão me mato com essa besteira “sabor imitação Baicon”
O sinal tocou!
Hora da cambada de adolescentes, como eu, invadirem a sala com seus devaneios e seus amores, correspondidos ou não.
Droga! Matemática!
Minha companheira até o final da manhã.
Não consigo resolver meus próprios problemas, dirá os de matemática.
Não tão complexos quanto os do coração, porém tão exatos quanto os dele.