Matemática do coração.

Silêncio...

Um grupo de meninos conversava em tom baixo ao meu lado.

Alguns poucos alunos, que não desceram para o intervalo, se distribuem pela grande sala.

Dispersos em seus próprios pensamentos.

Uns estudam a matéria dada...

Outros... Outros apenas não quiseram sair do ambiente fresco do ar condicionado.

Alguém quebra o silêncio com o ranger da porta, todos saem de seus mundinhos para verem quem entra.

A loura, que senta do outro lado da sala.

Invade nosso silêncio com risadas sem propósito algum. Ela e sua amiga.

Humptf! Meninas!

Eu, com meu biscoito a mão me mato com essa besteira “sabor imitação Baicon”

O sinal tocou!

Hora da cambada de adolescentes, como eu, invadirem a sala com seus devaneios e seus amores, correspondidos ou não.

Droga! Matemática!

Minha companheira até o final da manhã.

Não consigo resolver meus próprios problemas, dirá os de matemática.

Não tão complexos quanto os do coração, porém tão exatos quanto os dele.

Thaís Tavares
Enviado por Thaís Tavares em 12/03/2006
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