MATA DE RAIVA

MATA DE RAIVA

Já reparei: tem gente que gosta de ouvir música para os outros. No alto dos morros, é comum. Ao passarmos por perto de alguma casa, o rádio, o aparelho de som, naquelas alturas, volume ao máximo, é demais!

Pode até ser para eles, uma demonstração de “status”, mas isso lá no morro! Cá embaixo está acontecendo o mesmo também. Porém, acredito eu, que sem dúvida, essa gente está acometida de uma doença cujo sintoma é único: - gostar de ouvir música para os outros. E esses outros morre de raiva!

O aparelho de som é deixado em seu volume máximo. E isso incomoda.

Principalmente quando somos vizinhos. É um caso sério. A solução é telefonar para o “carinha” pedindo para diminuir o som, às vezes, o resultado é o oposto. O volume é aumentado.

Tenho uma amiga que usa outro método: leva para perto da janela seu rádio com o som mais alto do que o do vizinho e uma música completamente diferente.

Funciona. O “carinha” se “toca”, como a pensar parece que estou incomodando. E é isso mesmo: ele não só incomoda, como também irrita muito!

Não consigo ouvir música em volume alto. Ela foi escrita, orquestrada ou cantada para ouvirmos em momentos próprios e suavemente, docemente vamos apreciando todo o encanto, sensibilidade e estado de humor daquele artista. Música é cultura, está próxima do amor incondicional! Em certa ocasião conclui que aquelas pessoas sofriam da audição. Mas não, elas tinham era mesmo a doença do som alto! O “db”, decibel, do nome de Alexander Graham Bell, ‘físico norte-americano (1847-1922), inventor do telefone em 1876, se vivo fosse, iria detestar. Os decibéis hoje, nas mãos da rapaziada (rapazes e moças) são uma arma terrível contra os ouvidos sensíveis!

E mata também, de raiva!

Karuk
Enviado por Karuk em 13/03/2006
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