PRIMEIRA PARADA.
Primeira parada: um posto de gasolina.
Ele vai para o banheiro masculino, ela para o banheiro feminino.
Evidentemente.
Meio segundo depois no mesmo ângulo em que se separaram, voltam a se encontrar.
- O banheiro masculino está interditado? – ela pergunta.
- Está. Como você sabe? – ele responde.
-Tem um homem usando o banheiro feminino.
E mais não deu tempo de explicar. Acelera Brasil, sai na frente e esculhamba o dono do posto. Entra no carro, ainda xingando. Ela entra calada. O preço do álcool também estava a R$1 e não sei quanto e a confusão já estava formada.
- Você viu o homem? – ele pergunta.
- Não, eu vi a porta trancada – ela responde.
- E como você sabe que tinha um homem lá?
- porque ele disse: tá ocupado dona!!!
- E porque você não me explicou isso?
- Porque não deu tempo. Você saiu a mil por hora.
- Coitado do homem, nem merecia
- Imagine se merecesse.
Ele se irrita e ela ri.
10 Km depois, outro posto. Ele vai para o banheiro masculino, ela vai para o banheiro feminino.
Logo que ela entra, e fecha a porta, alguém entra e fecha a outra porta que dá acesso ao recinto. Por fora.
O que não dá para rir dá para chorar e vice versa. Dois minutos depois, e muitas pancadas na porta, a faxineira vem com a chave e a liberta.
De longe, ele ri. Ela está braba. A faxineira constrangida vem pedir desculpas. Ela aceita, ele retruca:
- Foi a senhora quem soltou a minha mulher? Como a senhora me faz uma coisa dessas?
A mulher ri, o frentista ri, e todo mundo ri.
E você Etelvina, o que acha?
Depois dessa Etelvina de Oliveira é o seguinte: Eu te recomendo ir para Paris, via Air France. Sem olhar para trás.
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