Assim Nasceu Uma Artista! - XII
Com a nossa ajuda, Aparecida, no palco mesmo, troca de roupa, para a continuação do espetáculo.
E, com uma grande clareza de expressão, conta como entrou na vida de circo, fala sobre os ensaios e a estréia.
A platéia se emociona, quando ela canta “E Assim Nasceu Uma Artista!”
A vida do artista
Nasce quase já sem vista
No centro de uma pista
Sem querer
O coitado vai crescendo
Debaixo do sereno
E assim vai aprendendo a sofrer.
E assim vai se passando
Ora rindo, ora chorando
E vai perambulando pelo mundo
Sem ter pátria nem lar
Que lhe possa consolar
Ou então desabafar
Esta dor que fere fundo
E há no mundo quem nos diz
Que a vida do artista
É alegre e bem feliz
Porque não sabe adivinhar
O artista está sorrindo
Com vontade de chorar
Se o povo adivinhasse
Quanta lágrima que nasce
Quando eu pinto essa face
Na função
Talvez que nunca mais
Zombasse de meus ais
Das lágrimas que caem
Ferindo o coração
Eu tenho já cantado
Muitas vezes amargurado
Sem poder deixar guardada
A minha dor
Se eu entro aqui na arena
Todo o povo grita em cena
Que de mim ninguém tem pena
Oh, que horror!
E há no mundo quem nos diz
Que a vida do artista
É alegre e bem feliz
Porque não sabe adivinhar
O artista está sorrindo
(Muitas vezes) Com vontade de chorar
(Letra e Música de Aparecida Nogueira)