Assim Nasceu Uma Artista! - XII

Com a nossa ajuda, Aparecida, no palco mesmo, troca de roupa, para a continuação do espetáculo.

E, com uma grande clareza de expressão, conta como entrou na vida de circo, fala sobre os ensaios e a estréia.

A platéia se emociona, quando ela canta “E Assim Nasceu Uma Artista!”

A vida do artista

Nasce quase já sem vista

No centro de uma pista

Sem querer

O coitado vai crescendo

Debaixo do sereno

E assim vai aprendendo a sofrer.

E assim vai se passando

Ora rindo, ora chorando

E vai perambulando pelo mundo

Sem ter pátria nem lar

Que lhe possa consolar

Ou então desabafar

Esta dor que fere fundo

E há no mundo quem nos diz

Que a vida do artista

É alegre e bem feliz

Porque não sabe adivinhar

O artista está sorrindo

Com vontade de chorar

Se o povo adivinhasse

Quanta lágrima que nasce

Quando eu pinto essa face

Na função

Talvez que nunca mais

Zombasse de meus ais

Das lágrimas que caem

Ferindo o coração

Eu tenho já cantado

Muitas vezes amargurado

Sem poder deixar guardada

A minha dor

Se eu entro aqui na arena

Todo o povo grita em cena

Que de mim ninguém tem pena

Oh, que horror!

E há no mundo quem nos diz

Que a vida do artista

É alegre e bem feliz

Porque não sabe adivinhar

O artista está sorrindo

(Muitas vezes) Com vontade de chorar

(Letra e Música de Aparecida Nogueira)

fernanda araujo
Enviado por fernanda araujo em 21/10/2008
Reeditado em 22/10/2008
Código do texto: T1240934
Classificação de conteúdo: seguro