Remando, remando, remando...

Enquanto isso, na Sala de Justiça....

... Procuro uma explicação pra essa bagunça toda. Acho que tenho sim uma bela parcela de culpa! Afinal, sou um deles, e participo diariamente desta balbúrdia! Contestando ou não, estou aqui, parte integrante...

O discurso é belo, libertar as amarras, buscar outros horizontes. Belo, romântico e nada prático. Busco entender se este lugar é o inverso de mim, ou não. O ambiente quem faz são as pessoas que nele estão, portanto... A realidade é esta, sou farinha do mesmíssimo saco. Tudo o que eu não quero ser, exatamente o lugar que não quero estar, mas, estou. Cabe a mim estar ou não - livre arbítrio, liberdade de escolhas. E o que faço para ser diferente, para reverter a situação? Nadica de nada! Então, me conformo que não sou quem eu gostaria de ser, quem eu não quero que o meu filho seja? Sim, pois mesmo estando aqui, lutando contra o vento, eu não precisaria estar, e continuo. Mas, se saio, quem vai remar contra a maré?

Catia Schneider
Enviado por Catia Schneider em 17/03/2006
Código do texto: T124344