DIVIDINDO O LANCHE

Hoje bem cedo, parei em uma lanchonete para fazer um lanche e pude observar uma linda cena: um casal bastante simples dividindo um lanche. Ele, aparentando uns 30 anos, de estatura mediana, moreno, bainha da calça por fazer, com a camisa da firma que trabalha e, com um par de tênis bastante surrado. Ela, aparentando uns 25 anos, 1,50 m de altura aproximadamente, de cor branca, vestido florido, com uma bolsa sobre os ombros, sandálias de salto alto e indo para o trabalho.

O que me chamou a atenção mesmo para o fato, é que o casal não tinha dinheiro suficiente para comprar dois lanches e dividiram um, composto de um pastel e um copo de suco. Ele mordia o pastel e em seguida deixava a amada morder; bebia um pouquinho do suco e em seguida, entregava o copo à amada para que ela bebesse e, ela em seguida imitava o gesto do amado, devolvendo-lhe o copo, para que ele pudesse beber. A cena de passar o copo um para o outro e de morder o pastel alternadamente, repetiu-se várias vezes até que o pequeno lanche terminasse. A esposa saiu para um lado para enfrentar o seu dia rotineiro e o esposo para o outro, porém antes da despedida pude ver um beijo apaixonado de quem não tinha dinheiro para comprar dois lanches, porém pude presenciar ali entre aquele casal, a demonstração de felicidade mesmo em face da ausência do dinheiro. Pude observar naquela cena, a demonstração de um amor verdadeiro que é o mais importante.

Fico a pensar em casais que possuem milhões e como se não possuíssem sentimento ou corações, são completamente infelizes, por não terem a oportunidade de dividirem um lanche, de morderem o mesmo pastel, beberem no mesmo copo, dizerem um para o outro, EU TE AMO! Talvez não digam, porque se aturam e nem se amam mais. Talvez o único vínculo que os una seja o medo de partilhar a fortuna com a separação. São casais que se quiserem podem comprar várias lanchonetes, alheios que o segredo da verdadeira felicidade está na simplicidade do coração e da alma. Infelizmente o mundo é um lugar, onde a sede e o egoísmo de possuir, transforma a maioria dos seres humanos em criaturas infelizes, incapazes de conjugar a beleza do verbo EXISTIR.

A beleza e a felicidade da vida consiste em valorizar as pequenas coisas, como dividir um lanche com a pessoa amada, mordendo o mesmo pastel, bebendo no mesmo copo e dizendo EU TE AMO! Diga também EU TE AMO para as pessoas, admire e valorize-as, pois todos querem se sentir amados, admirados e valorizados neste mundo. O que você tem feito para fazer deste mundo um lugar melhor para se viver? Se ainda não fez nada, que tal começar agora? Peça ajuda ao Deus que tudo pode e Ele te ajudará, fazendo de ti, uma bênção para todos os que estiverem ao seu redor.

Antonio Alves
Enviado por Antonio Alves em 24/10/2008
Reeditado em 15/02/2018
Código do texto: T1245534
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