RECEPÇÃO IGNÓBIL!

Nos, estamos vivendo no cerceio das reprimendas ao nosso trafegar pelos caminhos da vida!

As pessoas, placas, avisos e, falta de... Cortesia! Tem nos obstruído a caminhada pretendida, à procura de sanarmos os nossos problemas dependentes de outros caminhantes.

Os nossos punhos e braços são prolongamentos, articulados, que terminam em nossas mãos! Por mais potentes e poderosos que sejam não podem pegar nada sem o auxílio, imprescindível dos nossos dedos!

Todos os Chefes (ou dirigentes), em qualquer função ou distribuição de comando, deveria se esmerar, ao máximo, aplicando, atentamente, o modo dos seus auxiliares atenderem ao público em geral, mormente, aos que, como os Dedos, prolongam o seu poder ou, saber, aos que o procuram!

Um erro grave e, já generalizado, no meu empírico entender, é tratar os funcionários públicos como Servidor! Os rebaixando ao nível de servos e subservientes, portanto... Servil! Imaginem um cidadão erudito chamando um PM ou, detetive, de... Servo!

A culpa dessa distorção e disparidade entre o dirigente e, os seus Dirigidos na “Linha de frente” é, exatamente, de quem comanda se fazendo representar! No meu modesto entender, os auxiliares, que são o espelho de qualquer instituição, deveriam ser instruídos, corretamente, pelos dirigentes, a lhes fazer às vezes sem macularem a sua dignidade!

De nada adianta pintar, remodelando, uma casa, todavia, deixando a fachada imunda!

Um comerciante, por exemplo, que vende roupas, terem balconistas mal vestidos!

Apresento, em alguns tópicos, alguns auxiliares que, frontais, atendem à quem os procurem, sem os escutar, detalhadamente, o que desejam e, os desconsiderando:

—Pare! Não está na hora do expediente! E, praticamente, batendo a porta na “cara” do solicitante.

—Eu queria falar com o Diretor! —Só se você agendar a sua visita! E, termina o diálogo. Nota: Se o requerente quisesse dizer ao Diretor que o automóvel Dele estivesse, naquele momento, sendo furtado ou, um seu familiar estivesse em via de ser seqüestrado?

—Senhor Policial! Tem um homem, na rua aqui detrás, arrombando a porta para matar um vizinho! — Eu estou de folga, ligue o 190 ou, para a Delegacia de Polícia!

—Enfermeira! O meu filho está se esvaindo em sangue num taxo aqui defronte, o que devo fazer? —O único médico de plantão está ocupado, leve-o para outro médico!

—Senhor Policial! Preciso falar com o Delegado! —Ele só chegará daqui a duas horas! E de pronto, encerra o atendimento, sem procurar saber o que o solicitante queria com a autoridade policial.

—Eu, procurei o meu Prefeito, após as eleições, por Ele ganha e, Ele, me deu apenas um minuto, em pé no corredor e junto a outras pessoas. Respondi que preferia ficar 10 minutos sentados no coletivo de volta para casa, a ser atendido da forma determinada. Igualmente aos outros casos, nem me perguntou qual era o assunto a ser tratado.

—Indo à Justiça do Trabalho entregar uns documentos, a minha entrada foi barrada na portaria por estar de bermudas, mentindo, disse que um médico me proibira de vestir calças por estar com “desmembramento da rótula” e, o meu acesso foi, imediatamente, liberado!

—Um vigilante forense, proibiu a entrada de um senhor, sem lhe perguntar o que ele queria. Referido cidadão, disse ser um Juiz de Direito de Monte Azul e, lhe foi liberada a entrada, com o vigilante o chamando de excelência! Nota: O solicitante não era Juiz e, sim, um cidadão comum.

Na maioria das Lojas, se você for comprar, por exemplo, uma cueca, será bem atendida pelo balconista, todavia, se, naquele momento, chegar um outro freguês querendo comprar um terno, a gentileza do balconista passará para o novo cliente e, você, será esquecido!

—Até os Representantes de Deus, aqui na Terra, dão mais valor ao dízimo do que a fé! Neste caso, o dirigente máximo não está sendo enganado e mal representado, pois, Ele deu a todos o livre-arbítrio e, espera, tão somente, a délivrance dos seres para, então, puni-los ou, salvar-lhes as almas ou espíritos.

Paro por aqui, o assunto é muito vasto, precisaria de uma passarela de papéis para inserir a todos eles.

Faço a ressalva de que, há as exceções que confirmam a regra! Ainda bem! Senão, estaríamos perdidos, em nossas andanças por esse Vale de Lágrimas à procura de ajuda.

A seguir, uma poesia de minha inédita autoria:

A mão que acaricia

É a mesma que surra!

O olhar que mimoseia

É o mesmo que fuzila!

A língua que elogia

É a mesma que fere!

O coração que palpita

É o mesmo que emudece!

A boca que beija doce

É a mesma que escarra!

Os braços que abraçam

Também dão arrochos!

O pulmão que inspira

Também faz espirrar!

O membro que movimenta

Também fica paralítico!

O espírito que emana...

Também fica enclausurado!

A mente nunca muda,

Ela está, é, ou... Não é!

O resultado é que varia

No consciente humano

Superlotado de ignomia!

A mente é um resumo

Do poder concentrado

No ego inconcebível.

Vem à tona mesclado

Por impulsos anormais

Do consciente servil,

Emerge, assim, maculada,

Ditando normas ao ser,

Que só recebe impulsos

Que queira recolher!

A parte pura da mente

Retorna ao nicho inicial

E o ser humano continua

Cada vez mais... ANORMAL!

Sebastião Antônio Baracho

conanbaracho@uol.com.br

Fone: (31)3846-6195