O ENGATINHAR PARA A... FAMA!

Ao nascermos, nos primeiros anos de vida, ficamos Engatinhando entre uma muralha de pernas dos adultos circunvizinhos, trazendo um bico pendente nos lábios, mesclado de nossa saliva.

O horizonte é de transição, resultante ao nosso deslocamento pelo piso, cerceado de cadeiras, outros móveis, e paredes, porém, às portas nos são vedadas à transposição voluntária.

A cada tombo nosso, a muralha de pernas se permutam com outras idênticas, porém, de braços e mãos à nos recolher, choroso, aos seios adultos dos nossos responsáveis.

O nosso horizonte não tem infinito e, se resume ao nível dos nossos olhos, indo, tão somente, até aos obstáculos à nossa frente imediata, atrás, ao lado e, no teto! O nosso deslocamento ocorre pela flexão das nossas panturrilhas e braços, apoiados pelos nossos pés e mãos.

Quando crescemos um pouco mais e, nos desenvolvemos fisicamente, deixamos de engatinhar e, iniciamos o perambular, de pé, pelos aposentos e, até, pelas vizinhanças, porém, sempre sendo acompanhados pelos adultos, nossos vigias!

Assim, paulatinamente, vamos crescendo e chegando a idade adulta, quando, então, perdemos os nossos “vigias” e costumes infantis, tendo que nos habilitar com a convivência com os outros que, como nós, viéramos do rastejo vigiado!

Durante essa fase de vida, apesar de, todos nós, sermos um amontoado de carnes e músculos, a discriminação toma volume e forma, com uns escolhendo os maus caminhos, outros, se mantendo na honorabilidade, uns se formando doutores e, outros, servos e assalariados. No meio Deles, o Empírico que, embora, não tenha grau da didática, aprende... Apreendendo! Com a maturidade analítica dos acontecimentos que lhe chega ao conhecimento, pelos caminhos da vida.

Todo esse preâmbulo é para informar, como entendo, empiricamente, os Saltos dados pelos Seres Humanos hodiernos a caminho de alcançarem o apogeu e a supremacia sobre os outros, seus irmãos de jornada, o fazendo em tópicos:

—Sendo o Salto à transição rápida e/ou, um Pulo, passando para outros níveis, Ele deve ser analisado, metodicamente, e, sem que a supremacia pretendida seja estribada, tão somente, na capacidade de adquirir do saltador e, nunca! Com artimanhas ou engodos, prejudicando a outros concorrentes.

—O infinito pretendido pelo que vai dar o Salto, embora seja ilimitado, deve ter as suas regras morais, sem pisoteio aos demais e, começando pelo saltador contínuo, tal e qual, a mudança do engatinhar para o de perambular, destarte, sem os vigias, usando, apenas, a sua mente e... Saber!

—Para darmos o Salto para a magnitude, nunca devemos usar a pirâmide formada de outros, sendo, por nós, pisoteados e, explorados, pois, a nossa glória será manchada ao máximo, pelo usufruto nefando e, pelos testemunhos dos que relegamos à rodas-pés da existência!

—Se você quiser vencer na vida, deverá se espelhar no seu desenvolvimento pessoal, desde, quando, chupando bico lambuzado com a sua baba, se contorcia pelo piso e, com o horizonte limitado, até o seu andar perambulante, fugidio do engatinhar, chegando até a idade adulta e gestor da sua vontade, todavia, usando, somente, a sua capacidade adquirida, sem se enxovalhar com as vantagens recebidas como plágio, benesses, colagem ou, cópias irregulares etc.

Finalizando, a minha maturidade empírica, me faz dizer que, pelo menos, noventa por cento das pessoas que dão o Salto de transição, passando para o ápice do comandamento, não o fazem sem pisotear a alguém, nem que seja aos seus responsáveis, parentes e amigos, se aproveitando de oportunidades, em detrimento de outros concorrentes.

Os dez por cento restantes, galgaram o apogeu se estribando, apenas, no seu Saber apreendido e, na continuidade do seu desenvolver, se baseando nos acertos e, relegando os erros acontecidos, durante a sua vida, desde quando engatinhava sem horizontes e... Vigiado!

Sebastião Antônio BARACHO.

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