QUEM ESPERA SEMPRE CANSA!

Hoje acordei com um grande sentimento de revolta que não estou conseguindo controlar e muito menos sufocar.

Foi o acontecido de ontem que me deixou desse jeito.

A noite toda, entre sonho e lucidez, milhões de questionamentos tumultuaram a minha mente.

No dia anterior, durante uma festa, conversava com alguns amigos sobre o mundo violento que estávamos vivendo todos os dias.

Todos expunham suas dúvidas e como agiriam durante um assalto.

Uns entregariam tudo sem resistir, outros tentariam um golpe de mestre e alguns não sabiam qual seria a sua reação.

Falei sobre uma experiência que tive há alguns meses, quando fui abordada por um sujeito que mais me parecia um mendigo. Acreditem, simplesmente corri! Fui perseguida por ele e salva por populares que estavam fazendo uma refeição em uma lanchonete que se estende pela calçada com mesas e cadeiras.

Fiquei admirada com a minha reação e me repreendi! E se esse bandido estivesse armado?Talvez não estivesse aqui para contar o ocorrido. Mas, o que me deixou com este sentimento de raiva e impotência ao mesmo tempo, foi o que assisti da varanda do meu prédio, ontem.

Meu irmão foi levar a namorada em casa por volta das vinte e três horas.

A garagem é daquelas estreitas em que os carros têm que ficar um atrás do outro. Para tirar o seu carro, você, acaba tendo que tirar vários, pois os moradores não têm o sentido humanitário de interfonar e perguntar se a pessoa ainda vai precisar sair. Estacionam e o resto não importa.

Meu irmão tirou o carro do morador, colocou-o na calçada e entrou novamente na garagem pra retirar o dele. Foi nessa hora que aconteceu o inevitável. Foi rendido com o célebre “Perdeu”.

Três fedelhos de não mais que dezesseis anos, raquíticos, mas com a agilidade de gatos escorregadios, renderam-no.

Surgiram do nada e fizeram o ganho. Pelo que observei no meu desespero, só um dos delinqüentes sabia dirigir e precariamente, pois além de só levarem um carro, tiveram grande dificuldade para colocarem o carro em movimento. Saíram aos pinotes.

Fiquei em choque e nem sei como consegui chegar até a garagem.

Queria certificar-me se os dois estavam bem e abraçando-os aos prantos agradeci pelo que não havia acontecido, pois poderiam tê-los levado para um desses seqüestros relâmpago.

Conforme comecei falando no título deste texto: “Quem espera sempre cansa! Já estou cansada de tanta violência e dos direitos desses bandidos. Quando levam a pior, vem a mídia com sua chantagem emocional, defendê-los dando enfoque aos direitos humanos, fazendo deles uns coitadinhos.

Nós sempre pagamos a conta e nunca temos o direito a um espaço nessa mesma “Mídia” para reclamar por um pouco de segurança. Ao mesmo tempo, querendo que aconteça alguma coisa definitiva que acabe com esta inversão de valores do mal vencer o bem!

Estamos atrás das grades, enquanto os facínoras estão livres e soltos ditando as leis e espalhando o terror entre a população tão sofrida e abandonada.

Na hora do acontecido e depois, durante a longa noite, desejei a pena de morte pra todos esses bandidos que estão enchendo as cadeias com tantos anos nas costas e comprovada falta de recuperação. Se pensarmos friamente, esses condenados teriam que nascer mais umas quatro vezes seguidas para cumprir à pena que têm que pagar.

Estou desiludida, mas ainda com alguma esperança e gostaria que fossem tomadas medidas drásticas, precisas e eficientes para extirpar esse câncer da nossa sociedade.

Até lá. Vou continuar questionando as leis emboloradas e tentando sensibilizar a todos para que se unam numa causa onde tenhamos o direito a ter direitos e que o foco principal seja o de viver com dignidade.

Tenho dito e assino embaixo.