Madrugada em Ursa Maior
 
            Os sonhos sempre foram a minha fuga”, já dizia o poeta nos Anos 80, não querendo plagiar ele, mas já causando o usufruto desta frase, que me reflete sobre que os sonhos são as melhores fugas em meio ao arsenal de maledicencias que somos posto diariamente à aguentar.
            Encarar que hoje seus sonhos são totalmente realizados é um fato que depende exclusivamente da quantidade da poeira lunar que é posta nos pulmões dos humanos no tempo da quaresma. Conviver com a noite, sendo que seu dia não passou, é um fato que ainda deve ser reconstruído, pois à anuencia de que não se pode ter e haver mais dia, é ter uma temivel bomba relogio que se é posta a ter que aguentar. Um dia ela estoura, e como você vai sobreviver a ela.
            As pegadas que me foram deixadas no reino em que construi, que é meu quarto. Me fazem insonar toda a noite, adentrando pela madrugada na certeza plena de que as estrelas que se encontram com os raios solares re-desenha a vida que não é insana aos olhos dos incredulos. Sobreviver a tomada inconstante da ilusão, retoma a certeza que os sonhos, são preciosos terremotos que cultivamos em pequenos jarros de argila fria, onde sua temperatura depende exclusivamente do toque de realidade que damos.
            A distância que reacendi durante me ausencia forçada, me enchem os olhos de cristais dágua, quando me reencontro diante do espelho mediante ao reflexo do largo sorriso que hoje trago estampado no peito. 
           O que posso apenas dizer é que a felicidade me visitou da forma mais sublime que o ser humano pode receber. E a canção que hoje entoou aos ouvidos dos surdos é especialmente para acalentar o coração dos que sofrem,
por não entender a verdade da essencia pura de uma criança que sonha.
Samara Lopes
Enviado por Samara Lopes em 11/11/2008
Reeditado em 11/11/2008
Código do texto: T1278418
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