O Viajante

O Viajante

“O tempo é uma coisa relativa: -Se hoje fosse ontem, amanhã seria hoje.
De qualquer forma eu tô tranquilo, do jeito que tá, aqui tá bão.
Como dizia o sindico: - Vai saber o que o gorila pensa..."”

Pertencente a esse mundo, somos turistas dentro desse mundo que já conhecemos. Eu resolvi sair, viver a vida e reconhecer o mundo nos olhos dos desconhecidos, ver gente e pegar em gente. Abraçar a quem não conheço, trocar ideias com pessoas que jamais pensaria em conversar, caminhei com as crianças e alimentei os pombos nas praças populares desse mundo.

Viajante de qualquer lugar, sendo parte desse todo. Mesmo dentro da nossa própria cidade, minha casa é meu reino, onde a cósmica que me rege durante meu tempo curto de vida dentro deste castelo, me faz ser a princesa que sou.

Nessa longa caminhada, meus irmãos são todos, onde os sirvo e os ajudo. Sigo voando com as maravilhas que o mundo me oferece. Todas as mulheres são minhas mães e os homens meus pais, neles encontro o acalento que busco e resolvo doar tambem. As crianças, as pequeninas são minhas irmãs e irmãos, onde o mundo é o nosso jardim, em que neles brincamos e plantamos o bem por varios canteiros onde o asfalto já tomou.

Na sapiência da terceira idade, me recosto e aprendo todos os rituais em que as histórias de uma sofrida labuta me ensinará, que deverei ser sincero com meu precioso ser. Recebendo todas as bençãos do mundo pelas mãos daqueles que o contruíram.

Abrindo os braços, me entrego a dignidade contida naqueles que ainda tem o fio de esperança no coração, se fazendo presente parte desse todo. Na voz do coro infantil que me diz pertencer a esse mundo, sendo assim o seu fogo como meu farol.

Serei ainda uma viajante, de 20 e poucos anos aprendendo que a vida me seja dada pela miraculosa benção que recebo em cada amanhecer, a vida que me foi dada.