Refletindo sôbre Mentiras.

Teka Nascimento

Voltando às minhas reflexões, hoje

pensei muito sobre a mentira.

Pensei muito sobre o porquê de as pessoas mentirem tanto.

É impressionante a capacidade que elas

têm de fazer com que acreditemos nelas cegamente,

sem questionar, tentando passar-nos a certeza de

que são pessoas íntegras, que nunca mentem!

Refletindo nisso, cheguei à conclusão de que aqueles

indivíduos que juram por todos os Santos não mentirem

jamais, são exatamente os mais mentirosos, os mais

propensos a usar e abusar da credulidade

alheia, usando os sentimentos do próximo a seu bel prazer.

Seria uma falha de personalidade ou pura maldade ?

Notei, também, tratar-se de pessoas que pouco

ou nada entendem sobre sentimentos

verdadeiros, de seres que não se amam e não dão

o mínimo valor ao que se passa dentro do coração

dos seus semelhantes, mesmo que estes sejam

amigos, namorados, filhos, etc.

Não têm, portanto, a mínima capacidade para perceber

quando um filho está necessitando de carinho ou de colo,

mesmo em se tratando de um adulto.

Não dispõem, outrossim, daquela fidalguia de atitudes

necessária para identificar o momento certo em que

um amigo esteja precisando apenas de alguém que

os escute, daquela necessidade de um companheiro

que lhe ofereça apenas o afago de uma palavra de estímulo.

São pessoas altamente egoístas, que se imaginam

como o centro do universo e que nada, além da sua força de

atração, lhes importa.

Quem, neste mundo, nunca pregou uma inverdade?

Quem jamais omitiu algo em favor da sua proteção ou na salvaguarda da reputação ou dos direitos de uma pessoa querida?

Quem, alguma vez, deixou de inventar uma desculpa para subtrair-se ao dever de fazer alguma coisa?

Creio que todos nós, seres humanos normais, já fizemos isso não poucas vezes!

Todavia, a diferença é que nunca usamos as

pessoas para conseguirmos alguma coisa,

seja como auto-afirmação, seja para galgar alguns

degraus na vida... enfim, tudo aquilo que as pessoas

dadas à mentira costumam fazer.

É como dizia minha mãe: "Ninguém consegue se

manter na mentira para sempre; um dia

elas se perdem no emaranhado das próprias mentiras".

E assim pensando, concluo que essas pessoas são mais

dignas de nossa piedade que de nossa admoestação.

São infelizes e pobres de espírito.

É de nossa obrigação perdoá-las, pois Deus,

nosso Pai, com certeza já as perdoou!

E humildemente peço a Deus, todos os dias, que me

ilumine, não permitindo que eu me

desvie do exercício diário do perdão!

É um trabalho árduo... mas sei que com a luz do Pai

Supremo, jamais vou desistir de tal intento.

E por Deus sempre serei iluminada!